Recorde aqui as incidências do encontro
Com duas vitórias consecutivas sob o comando do novo treinador Vasco Botelho da Costa, os cónegos mantiveram a confiança no onze que venceu o Santa Clara (0-1). Já o Vitória SC, algo titubeante desde a chegada de Luís Pinto ao banco de suplentes, também apostou nos mesmos intervenientes que guiaram o emblema à vitória sobre o Estoril (3-2).
Cerco montado com pólvora seca
Havia várias curiosidades a ter em conta antes do apito inicial: o facto de as duas equipas estarem separadas por cerca de 10 quilómetros, mas, acima de tudo, o facto de se tratar de um duelo entre dois treinadores que no ano passado subiram da Liga 2 e foram recompensados com propostas de dois clubes estáveis no escalão principal. Dentro das quatro linhas, houve uma entrada bem forte do Vitória SC que ameaçou por três vezes em dois minutos, valendo Caio Secco e um corte de Teguia em cima da linha.

Os anfitriões tentaram equilibrar o tabuleiro, sem resposta para o ritmo e pressão alta impostos pelos vimaranenses, que eram donos e senhores do jogo, mas não tinham a agressividade e assertividade necessária no último terço para converter em golos, somando meias oportunidades resolvidas por Caio Secco. A pausa para hidratação tirou ritmo, sem que a toada e o marcador sofressem qualquer alteração até ao descanso.
Filho de peixe sabe nadar
No regresso dos balneários, Vasco Botelho da Costa deixou ficar Lawrence Ofori e lançou Afonso Assis, filho de Nuno Assis. Bastou apenas um minuto dentro de campo para o jovem de 19 anos provar que filho de peixe sabe nadar. Sob o flanco direito, construiu um lance de perigo que acabou por cair nos pés de Alanzinho dentro de área, que fez um cruzamento rasteiro para Schettine encostar e marcar pelo terceiro jogo consecutivo.
Apenas dois minutos depois, em contra-ataque pela esquerda, Kiko Bondoso fez tudo bem, tirou um defesa da frente e levantou para o segundo poste, onde estava o indomável Schettine a bisar, de cabeça. Depois de 45 minutos de domínio, bastaram quatro minutos ao Moreirense para ruir o castelo de cartas montado por Luís Pinto. O ítalo-brasileiro ainda ficou perto do hat-trick, mas o toque de calcanhar foi afastado por Abascal.

O Vitória SC foi ao banco de suplentes procurar soluções, mas só respondeu - finalmente - numa bola parada de Tiago Silva para uma bela estirada de Caio Secco. O xadrez dos bancos prosseguiu sem causar grande impacto na partida.
Melhor em campo Flashscore: Guilherme Schettine (Moreirense).