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Bruno Lage: "Prevejo um clássico quentinho, mas o mais importante é a nossa ambição de vencer"

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Bruno Lage, treinador do Benfica
Bruno Lage, treinador do BenficaSL Benfica
Bruno Lage, treinador do Benfica, fez este sábado a conferência de imprensa de antevisão ao clássico com o FC Porto, marcado para amanhã, às 20:30, no Estádio do Dragão.

Antevisão ao jogo: "Antes de mais, dizer que é um jogo muito importante para nós. Não é decisivo, mas é muito importante. Vamos com a ambição de jogar bem e vencer. Preparámos muito bem o jogo, principalmente em função do que o FC Porto tem feito. Está uma equipa diferente, também em função da forma como joga, do sistema que tem usado nos últimos jogos, e vai ser mais um clássico. Prevejo que seja quentinho como os outros, mas o mais importante é a nossa ambição de vencer".

Clássico quentinho? "Tem sido esse o registo... Digo quentinho porque são jogos que queremos jogar enquanto treinadores ou jogadores, e é num momento da época importante. Esse é que é o nosso sentido. Independentemente do adversário, de jogar em casa ou fora, a nossa ambição e mentalidade vencedora tem de estar sempre presente."

Onze inicial: "Sobre o onze ainda temos várias coisas para conversar com os jogadores. Temos amanhã para decidir. A única confirmação, como vocês sabem, é o Renato, que se lesionou e está fora".

Polémica com troca de comunicados: "A nossa preocupação é estarmos concentrados no que controlamos. O que mais quero é que o jogo comece, um jogo de grandes emoções. Vencer no Dragão não é tarefa fácil, mas vamos com essa ambição e mentalidade. Sentimos a equipa, da forma como treinámos, confiante. Está num bom momento e a pressão que colocamos em nós próprios é fazer o nosso jogo independentemente do adversário, para conquistar títulos".

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Para quem é mais decisivo? "Cabe-me responder sobre nós. Para nós é importante, mas não decisivo. Do lado do FC Porto, façam a vossa leitura. Por aquilo que tenho visto, acredito que vai ser um jogo muito dividido e rápido. Ambas as equipas gostam de jogar rápido, de pressionar, são muito fortes a atacar a profundidade, nas transições ofensivas. Prevejo um jogo muito tático mas não amarrado, em que a bola pode sair de uma área e, em dois ou três passes, estar na outra. Tático, mas não amarrado".

Este é o FC Porto mais frágil que vai defrontar? "Não me cabe a mim, enquanto treinador do Benfica, analisar a vida do FC Porto, seja na presidência ou taticamente. Já disse como acho que o jogo vai ser. Eles alteraram o sistema, com o Eustáquio, a atacar de uma forma diferente. Esse lado é o mais importante para mim, para transmitir aos jogadores. Quais os espaços é que nos oferece... Para vocês, outro tipo de análise seria mais importante, mas para mim é a forma como preparo o jogo".

Facilidade do Farense em marcar golos na Luz: "Temos de olhar para aquilo que fazemos. Por acaso, tive curiosidade de olhar para vários campeonatos e para os vários líderes. Quantas vezes vemos o primeiro a jogar contra uma equipa que está em baixo na tabela e sofrer vários golos? Quando olhamos para o jogo, sentimos que a equipa teve um bom comportamento. Sofreu de bola parada e já percebemos o porquê. O Farense é forte nesse momento e fez o golo com todo o mérito. Depois, com todo o mérito, fazem o 3-2. Por vezes, é dar mérito ao adversário. E foi isso que disse. Ainda assim, o que produzimos, foi muito superior. Vencemos o jogo, estamos numa boa sequência, a nossa busca tem de ser na consistência. Isto não é matemática e o exemplo disso são os resultados que temos tido".

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Renato Sanches: "Não consigo explicar. O que consigo dizer é que estamos sempre do lado do Renato. Ele recupera sempre muito bem. Facilmente integra os treinos, facilmente entra no lote de opções para os jogos. Vinha neste momento numa sequência de cinco jogos a contribuir para a equipa. Temos trabalhado muito com ele um posicionamento diferente, de jogar a primeiro médio. Estava a fazer jogos muito interessantes. É diferente o que se pede ao Florentino ou ao Renato. Ele estava a fazer uma boa interpretação e é com infelicidade que o vemos voltar novamente a um momento de paragem. Estamos ao lado do jogador, do homem, ele que recupere rápido porque, quem sabe, ainda temos o Mundial de Clubes. "

Tomás Araújo: "Tem estado também num momento em que temos de fazer uma boa gestão. O mais importante é termos esse cuidado com todos. E, amanhã, decidimos qual o melhor jogador em função da estratégia que vamos adotar. Queremos sempre muita profundidade e o Tomás dá-nos isso. Tem qualidade de cruzamento, integra muito bem o ataque, projeta-se bem. É isso que queremos naquela posição. Temos de avaliar e amanhã perceber qual a melhor opção".

Derrota por 5-0 no ano passado foi tema no balneário? "Nem esse, nem o da 1.ª volta deste ano (vitória por 4-1). Nem o momento em que estamos. A única coisa que interessa é o futuro. Olhar para o que o FC Porto está a fazer e preparar da melhor maneira para vencer".

Impacto do clássico para o resto da época: "Importante são os três pontos, são os mesmos do Farense e, eventualmente, os do Arouca no jogo seguinte. É importante porque o campeonato aproxima-se do final e queremos continuar na liderança."

Boletim clínico: "Tirando o Bah e o Manu, só o Renato (Sanches)."

Espera que Martín Anselmi repita o mesmo onze? "Podem acontecer dois cenários... É 50/50. Há essa estabilidade de fazer dois bons resultados, mas nós enquanto treinadores fazemos sempre a análise, com base no jogo seguinte. Pode haver alguma alteração. Eventualmente não ter linha de três com Eustáquio, mas sim com outro central. Acredito que pode seguir a linha dos últimos jogos."

Pavlidis pode aproveitar abordagem tática do FC Porto? "Num passado recente, muitas equipas têm jogado assim. O Barcelona, por exemplo, mais três ou quatro equipas, com médios centrais a diminuir distâncias para projetar laterais. Jogamos com os laterais projetados. Temos de ter essa capacidade, não apenas o Pavlidis. Trazer uma boa exibição do Clássico em novembro para agora não faz muito sentido. A equipa tem sabido como avaliar a movimentação do adversário."

Duas vitórias no Dragão em 10 anos, uma delas com Bruno Lage: "O jogo que fizemos na época seguinte (2020), perdemos por 3-2 e terminámos com três homens na frente. Jogámos com três pontas-de-lança... Acabámos assim o jogo e essa é a forma como temos de olhar para amanhã. A mensagem mais importante é essa. O que controlamos é o que se vai passar nas quatro linhas. Temos de estar o mais tranquilos possíveis, pensar no lado estratégico e no potencial e talento que temos como equipa e em termos de individualidades. Que os jogadores se mantenham no registo que temos vindo a ter. Estamos juntos como uma família, jogamos como uma família, corremos uns pelos outros. E amanhã, como tropa, vamos lutar para vencer o jogo".

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