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O duelo de sábado marca o regresso à competição para os gilistas, três semanas depois, um interregno que o técnico considera ter sido "benéfico", mas sempre com a saudade de voltar aos "jogos a sério".
"Eu, pelo menos, já tinha saudades dos jogos a sério. Também encarámos os amigáveis que fizemos como sendo sérios, mas é importante voltar à competição e fazê-lo da melhor maneira. Esta paragem, ao contrário da última, foi boa para nós. Permitiu-nos respirar e deu-nos oportunidade de trabalhar alguns aspetos que estavam um pouco descurados", expressou, na conferência de antevisão ao encontro.
Perante o quarto lugar que o Gil Vicente ocupa na Liga e a possibilidade de conseguir uma quinta vitória consecutiva em casa pela primeira vez no principal escalão, César Peixoto garante que os jogadores têm evitado deslumbramentos.
"Temos uma equipa muito humilde, trabalhadora e focada, que não se deslumbra com os elogios. Sinto talvez até que, nos últimos dois jogos, a equipa sentiu um pouco o peso da responsabilidade do lugar em que está. É algo normal, fruto do crescimento, e espero que a pausa tenha ajudado a ultrapassar isso", analisou.

O empate frente ao lanterna-vermelha AFS (1-1), na última ronda, poderá servir de alerta para o jogo frente aos tondelenses, que também se encontram em zona de despromoção.
"O AFS também estava lá em baixo e não conseguimos vencer. Estes jogos da Liga nunca são fáceis. Podemos facilitá-los, em função do que formos fazendo ao longo dos minutos, mas nunca à partida. Temos de encarar o jogo com o pé direito, de forma séria", reiterou.
Segundo César Peixoto, a mudança de comando técnico do Tondela, com a entrada do treinador italiano Cristiano Bacci, será um fator que acrescenta imprevisibilidade à partida.
"As mudanças têm sido recorrentes e dificultam a nossa planificação e análise ao adversário. Já aconteceu com o Estrela da Amadora, mesmo com o Santa Clara trouxe-nos dúvidas, também com o Académico de Viseu para a Taça de Portugal. Fomos vendo o que o novo treinador fazia no Boavista, agora na Grécia também, mas nunca é exatamente igual", explicou.
A receção ao Tondela também assinala uma marca importante na carreira do treinador, que vai atingir os 100 jogos enquanto treinador da Liga, dado que também mereceu a sua reflexão.
"É uma marca bonita, um número redondo e um motivo de orgulho. Houve momentos bons, outros menos bons, mas sempre com muito trabalho e dedicação. Penso que um bom treinador num contexto mau tem menos probabilidades de sucesso do que um treinador pior numa situação mais favorável. Podem encaixar-me no lado em que quiserem. Encontrei no Gil Vicente uma estrutura estável e a crescer em todos os departamentos", referiu.
Na 12.ª jornada da Liga, o Gil Vicente, quarto classificado, com 23 pontos, defronta, no Estádio Cidade de Barcelos, o Tondela, 17.º e penúltimo, com seis, a partir das 20:30 de sábado, sob a arbitragem de Cláudio Pereira, da associação de Aveiro.
