Chave do título poderá ser o dérbi, apesar de caminho mais sinuoso do Benfica

LUSA

Último dérbi foi na final da Taça da LigaPAULO CUNHA/LUSA

O dérbi da penúltima jornada poderá ser decisivo para o desfecho do título, face ao desempenho que Benfica e Sporting tiveram nos derradeiros anos perante os mesmos adversários que vão enfrentar até final na Liga Portugal.

Decorridas 28 rondas da prova, os dois rivais lisboetas separaram-se no topo na segunda-feira, face ao empate dos leões com o SC Braga (1-1), um dia depois de os encarnados ultrapassarem o clássico com o FC Porto com distinção (4-1) e ficarem com dois pontos de vantagem no comando.

A vitória no dérbi da primeira volta, por 1-0, confere atualmente aos campeões nacionais vantagem no confronto direto em caso de igualdade pontual, mas em 10 de maio, na 33.ª jornada, poderá haver o decisivo tira-teimas no Estádio da Luz, uma semana antes de cair o pano sobre a competição. Isto se, até lá, as duas equipas lisboetas vencerem os respetivos jogos e se mantiverem próximas.

Nesta fase final, tanto Benfica como Sporting terão três partidas em casa e outras tantas fora, sendo que o calendário das águias é, em teoria, menos favorável, uma vez que, além do dérbi eterno, deslocar-se-ão duas vezes ao Minho, onde nas últimas épocas deixaram pontos em casa do Vitória SC e do SC Braga.

Este domingo, na 29.ª jornada, a formação comandada por Bruno Lage recebe o Arouca, 12.º classificado, sobre o qual se impôs em seis dos sete duelos em casa e tendo apenas cedido um empate, logo no primeiro encontro, em 2013/14.

Segue-se a primeira deslocação de elevado grau de dificuldade, na 30.ª ronda, a Guimarães, onde, perante o atual sexto colocado, os encarnados empataram nas duas épocas anteriores (0-0, em 2022/23, e 2-2, em 2023/24), depois de uma série de sete triunfos na cidade-berço.

A receção ao AFS, 16.º classificado, será inédita, havendo apenas como termo de comparação o empate (1-1) registado na primeira volta, na Vila das Aves, em contraste com a curta deslocação ao Estoril, onde o Benfica perdeu apenas em 1946 e, neste século, apenas consentiu uma igualdade (1-1), em 2021/22.

O dérbi da 33.ª jornada é considerado de tripla – curiosamente, houve tripla de resultados nos três anteriores duelos na Luz para o campeonato -, ainda que as águias dominem em casa, com 49 vitórias contra 16.

O histórico mais recente do dérbi eternoFlashscore

Braga será a cidade em que o Benfica irá terminar o campeonato e, embora lá tenha vencido na temporada passada (1-0), assegurando o sétimo triunfo em 10 anos, perdeu de forma consecutiva em 2021/22 e em 2022/23 (esta por um claro 3-0).

Já o Sporting visitará o surpreendente Santa Clara, quinto colocado, e o lanterna-vermelha Boavista - além do rival lisboeta - e receberá Moreirense, Gil Vicente e, na derradeira ronda, o Vitória SC, a única formação que estará no caminho de ambos os emblemas da capital neste sprint final.

No sábado, os leões visitam os Açores, onde, em oito encontros para a Liga, venceram seis e empataram um, sendo que a única derrota surgiu em 2021/22 (3-2). Nas receções ao Moreirense, adversário na 30.ª jornada, o registo é ainda mais avassalador, com 12 triunfos em 13 partidas no Estádio José Alvalade e somente uma igualdade cedida, em 2014/15.

Desde que o Boavista voltou à Liga, em 2014, o Sporting venceu por sete vezes no Bessa, uma das quais na temporada passada (2-0), e só perdeu numa ocasião, há pouco mais de três anos (2-1, em 2022/23), enquanto o oponente da 32.ª jornada, o Gil Vicente, tem sido presa fácil em Alvalade: na sua casa, os verdes e brancos levam 12 vitórias consecutivas face aos gilistas – nas duas últimas impuseram-se por 3-1.

Depois de visitarem o Estádio da Luz, os campeões em título vão encerrar a competição em casa, perante o Vitória SC, que, em 23 duelos em Lisboa neste século, apenas pontuou em quatro, somente um deles com um triunfo, em 2010. De resto, o Sporting leva sete vitórias caseiras seguidas frente aos vimaranenses e só concedeu golos numa delas (3-1, em 2019/20).