O Vitória SC entrou a perder na receção ao Santa Clara, após o golo de Vinicius Lopes, aos seis minutos, mas o espírito de Samu (e as mexidas ao intervalo) carregou a equipa à reviravolta em apenas cinco minutos no segundo tempo. O capitão vitoriano assistiu para o empate de Ndoye (73'), antes de aparecer no sítio certo para carimbar a vitória, aos 78', juntando-se a Abascal para impedir o empate numa reta final de nervos, nesta oitava jornada da Liga Portugal.
Recorde aqui as incidências do encontro
A derrota em Alverca (2-0) levou Luís Pinto a apostar em Samu e Fabio Blanco em detrimento de Mitrovic e Telmo Arcanjo para evitar o terceiro jogo consecutivo sem ganhar. Os açorianos também sofreram uma derrota surpreendente na jornada anterior, em casa com o Tondela (1-2), e mudaram três peças: Pedro Ferreira, Wendell e Vinicius Lopes foram a jogo.
Entrada apática
Os vitorianos tentaram ter uma entrada dominadora, mas o tiro saiu pela culatra ao fim de apenas seis minutos. A defesa ficou a ver jogar enquanto Wendell deu um toque para Vinicius Lopes que, rodeado por três adversários, pegou no esférico, correu em frente e desviou à saída do guarda-redes para inaugurar o marcador. Uma passividade incrível que fez soar os assobios nas bancadas.
A resposta, no entanto, foi positiva. Aos 17 minutos, instalou-se o caos na área açoriana, com Abascal a cabecear para uma excelente defesa de Gabriel Batista, que ainda evitou o golo na própria de um companheiro, a bola espirrou para a frente para Fabio Blanco rematar... ao poste. Suspirou-se muito no D. Afonso Henriques, até porque este foi o último lance de perigo da primeira parte, marcada por muitos duelos físicos.
Arma secreta estava no banco
No reatamento, o técnico vimaranense fez três substituições e Vasco Matos uma. O Vitória SC surgiu com outra cara e a aposta quase surtiu efeitos imediatos, quando o recém-entrado Ndoye marcou de cabeça, mas estava ligeiramente adiantado. Logo a seguir, Noah Saviolo atirou do meio da rua para uma defesa incrível de Gabriel Batista, com a ponta do dedo, a levar o esférico à trave e Ndoye trabalhou bem sobre a direita para servir Fabio Blanco, que escorregou quando tinha tudo para fazer golo na pequena área.
O ritmo tinha acelerado e os técnicos não perderam tempo a voltar a recorrer ao banco, numa altura em que o Santa Clara ameaçou em contra-ataque, num remate de Matheus Pereira para defesa apertada de Juan Castillo. Pouco depois, um choque entre os recém-entrados Telmo Arcanjo e Diogo Calila obrigou à saída do lateral açoriano, com receios de uma lesão complicada.
Finalmente, aos 73 minutos, chegou o merecido empate. Samu foi solicitado junto à linha de fundo e levantou para a pequena área, onde apareceu o gigante Ndoye a cabecear para o fundo das redes, desta vez a valer.
Capitão ao resgate
As bancadas animaram e ajudaram a carregar o Vitória SC na procura dos três pontos. Cinco minutos depois do empate, a remontada de bola parada: Nelson Rivas ganhou nas alturas para defesa de Gabriel Batista e o capitão Samu estava no sítio certo para empurrar para o fundo das redes. Foi o primeiro golo do médio esta temporada, que antes desta partida tinha somado apenas 74 minutos.
Os açorianos, que já tinham sentido o golo do empate, demoraram a encontrar o norte, mas ficaram muito perto de chegar ao empate nos descontos, por três vezes. Numa reta final de loucos, Castillo negou o golo a Elias Manoel e Samu atrapalhou a recarga de Serginho, antes do avançado brasileiro falhar o alvo na pequena área logo a seguir. Mais incrível ainda foi o corte de Rodrigo Abascal em cima da linha de golo a negar o empate de Serginho.
O castelo abanou, mas não caiu e respirou de alívio com os vimaranenses a ascenderem ao sétimo lugar, à condição, enquanto os açorianos mantêm-se no 11.º lugar e podem cair mais posições.
Melhor em campo Flashscore: Samu (Vitória SC).
