Recorde as incidências da partida
No sapatinho arouquense, reluzia uma lanterna vermelha. O Arouca regressou do Natal com a prenda que ninguém quis, mas a saber que os dias seguintes são, por norma, pródigos na devolução de presentes. Com vontade de entregar de novo a lanterna vermelha para os lados de Faro, a equipa de Vasco Seabra recebeu o Gil Vicente com a ideia de regressar aos triunfos, algo que tinha acontecido precisamente no último jogo em casa, mas a equipa de Bruno Pinheiro encontra-se numa fase mais estável da época.

Já a pensar em 2025, o Gil Vicente procura a tranquilidade que ainda está longe de ser alcançada e depois de cinco pontos em três jornadas, uma delas frente ao Sporting, chegou à Serra da Freita com legitimidade para ser considerado favorito, mas a primeira parte desta partida foi disputada em claro ritmo natalício.

A noite fria em Arouca não aqueceu numa primeira parte marcada por apenas uma ocasião de golo e logo de uma novidade natalícia no onze arouquense. Marozau tinha sido titular apenas contra o Sporting e voltou ao onze para obrigar Andrew à única defesa digna de registo em 45 minutos.
O tempo útil de jogo era assinalável, mas o aproveitamento praticamente nulo. Ao intervalo, só o aproximar do nevoeiro trouxe alguma emoção às bancadas, com o possível adiamento da partida a tomar conta da conversa entre adeptos.

Oportunismo de Gbane e o aparecimento do D. Sebastião
Talvez tenha sido essa ameaça a espicaçar os jogadores das duas equipas, que vieram com mais intensidade dos balneários. O calcanhar de Tiago Esgaio negou a Santi García o golo na primeira grande oportunidade para o Gil Vicente, com o médio a aparecer em grande posição para inaugurar o marcador, mas a missa do galo tinha sido adiada apenas uns minutos.
De bola parada, Mory Gbane (64'), destaque pela marcação implacável a Gyökeres na última jornada, apareceu a castigar as hesitações arouquenses na hora de afastar a bola junto à pequena área.
Se o Gil Vicente não precisou de ameaçar para agitar as bancadas, o nevoeiro voltou uma segunda vez e desta vez cumpriu o que vinha prometendo. Com os gilistas no controlo do jogo, a 12 minutos do fim, Cláudio Pereira viu-se forçado a solicitar a recolha aos balneários. 20 minutos depois, o encontro foi retomado e com uma arma secreta lançada por Vasco Seabra. Ao contrário da lenda de D. Sebastião, Yalcin (81') apareceu numa noite de nevoeiro para dar um ponto importante ao Arouca.
Homem do jogo Flashscore: Mory Gbane (Gil Vicente)
