De quatro em quatro para o melhor Estoril
O Estoril teve um início de temporada periclitante, somando apenas um triunfo nas primeiras oito jornadas. O trabalho de Ian Cathro chegou mesmo a ser colocado em causa, mas o treinador escocês manteve-se firme e colhe agora os frutos da persistência: a equipa atravessa o melhor momento da época, com quatro jogos consecutivos sem conhecer o sabor da derrota.
Depois do expressivo triunfo em Vila do Conde (0-4), os canarinhos voltaram a protagonizar um jogo de emoções fortes no Estádio António Coimbra da Mota, frente ao Arouca (4-3), marcando novamente quatro golos e conseguindo recuperar por duas vezes de uma desvantagem.
É caso para dizer que, depois da tempestade, chega (quase) sempre a bonança.

Dragão passa provas de fogo
É seguro dizer que o FC Porto de Francesco Farioli ultrapassou com distinção os primeiros grandes testes da temporada.
Os dragões chegam a esta pausa internacional com dez triunfos e apenas um empate no campeonato, o último deles em Famalicão (0-1), mostrando uma consistência notável num arranque exigente.
A equipa azul e branca já mediu forças com os principais rivais - Benfica e Sporting -, além de adversários europeus de peso como Vitória SC, SC Braga, Famalicão e os surpreendentes Moreirense e Gil Vicente. Nota 10!

A nova era de Brandão
A visita ao Estádio da Luz marcou o início da era Gonçalo Brandão no comando técnico do Casa Pia, e a estreia dificilmente poderia ter corrido melhor.
Sem vencer desde setembro, os gansos mostraram caráter e união, recuperando de uma desvantagem de dois golos para sair da casa dos encarnados com um ponto precioso (2-2).
“O nosso plano de jogo era aguentar e sermos pressionantes, como conseguimos ser mais no segundo tempo. O Benfica empurrou-nos para trás na primeira parte, mas a equipa foi muito unida, teve um grande espírito competitivo e só assim se consegue pontuar em estádios como este”, destacou Gonçalo Brandão no final da partida.
Arouca em queda livre
Não está fácil a vida do Arouca. A equipa orientada por Vasco Seabra voltou a sair derrotada no campeonato, a terceira vez consecutiva, e sente cada vez mais perto a pressão dos lugares de descida.
Com a pausa competitiva à porta, é momento de reunir as tropas, refletir sobre o que não tem funcionado e redefinir o rumo para o futuro próximo.

Canto da discórdia
O futebol português vive dias de autêntico fogo cruzado, desta vez por causa de um lance aparentemente simples: um canto que não era canto e que acabou por dar origem ao golo que valeria a vitória do Sporting na visita ao Santa Clara (1-2). O episódio incendiou o debate público, multiplicando críticas e declarações de todos os quadrantes.
Mais do que um erro de arbitragem, o caso tornou-se símbolo de um problema estrutural: a constante quebra de credibilidade da Liga. A cada jornada, a discussão em torno das decisões dos árbitros sobrepõe-se ao futebol jogado, minando a confiança de quem assiste e contribuindo para um clima de permanente suspeição.
O resultado é um cenário em que o futebol português, em vez de crescer e valorizar-se, parece refém de polémicas que só o empobrecem e afastam a atenção do essencial.
