O esquerdino, que completa na sexta-feira 37 anos, assumiu ter recebido ofertas de clubes sauditas, mas explicou os motivos que o levaram a voltar aos encarnados.
"(O Benfica) É a minha primeira casa na Europa, o lugar que me abriu as portas pela primeira vez. Vivi aqui com a minha família desde pequeno. Passei três anos incríveis cá e tinha muita vontade de regressar um dia. E assim foi. Foram muitíssimas, com números que jamais tinha visto num papel. Mas disse à minha família 'não, vamos para Lisboa, regressar ao Benfica'", contou.
"A verdade é que chegou uma oferta da Arábia Saudita. Não tenho representante, é um amigo que me ajuda com tudo isso. Chega uma oferta e digo-lhe que não. Volta a chegar outra, pelo dobro dos valores, do mesmo clube. Volto a dizer que não. É aí que o meu amigo me diz 'temos de dizer algo, porque eles nem sabem se queres jogar lá'. E eu respondi 'bem, se nos derem isto, talvez seja capaz de ir'. E deram mesmo... Mas já estava decidido que ia para o Benfica. Isto foi tudo depois do Mundial, quando estava na Juventus. Não tenho vontade de ir para um lugar assim em final de carreira", revelou ainda.
Numa entrevista realizada antes da lesão sofrida no Mónaco, Di María assumiu que já começa a sentir o peso do calendário exigente e da idade, deixando claro que não conta regressar à seleção argentina.
"Ainda agora tive duas recaídas por causa da uma lesão, que me deixaram quatro ou cinco dias de fora. O corpo já custa. Começo a analisar tudo o que implicava voltar a estar num Mundial e percebo que o melhor seria dar um passo atrás", lembrou.

Por fim, Di María comentou ainda as palavras de Cristiano Ronaldo, que disse ser o melhor da história. O antigo colega do português elogiou o jogador do Al Nassr, mas enalteceu os feitos do compatriota Leo Messi.
"Não me surpreende, estive quatro anos com ele e sempre foi assim. Sempre tentou ser o melhor, mas nasceu numa geração onde há outro que foi abençoado. A realidade está nos números. Um tem oito Bolas de Ouro, o outro tem cinco. Há uma diferença muito grande. Mas o Cristiano sempre foi assim, igual. Para mim, o Leo é o melhor do mundo e o melhor da história, sem dúvida alguma", finalizou.