Reveja aqui as principais incidências da partida

Arrojo era a marca de Martín Anselmi quando chegou ao FC Porto. Vindo do Cruz Azul, este treinador argentino prometia uma ideia de jogo ousada, capaz de entusiasmar e apesar dos resultados não estarem a ser o melhor, a coragem não faltou nunca ao novo técnico dos dragões que quando foi preciso colocou a equipa completamente virada para a frente. E na última jornada foi traído por isso, com 8 homens num canto e o Vitória SC a empatar na sequência do contra-ataque.
Talvez com a lição aprendida, o FC Porto que apareceu em Arouca teve pouco de arrojado. Com Marcano regressado ao onze após 533 dias, mas Rodrigo Mora lesionado no aquecimento, os dragões tinham uma ideia de jogo clara: defender com cinco unidades, atrair o adversário e depois apostar na velocidade de Gonçalo Borges.

E ainda as equipas estavam a tentar compreender-se uma à outra, quando José Fontán foi desastrado num duelo com Samu e pisou o compatriota. O VAR chamou a atenção, o árbitro foi confirmar e o avançado espanhol bateu João Valido para fazer o 1-0.
Foi o canto de cisne do FC Porto no primeiro tempo. A sinalética de Anselmi era clara: atacar só pela certa. E fora a oportunidade desperdiçada por Samu na cara de João Valido, o emblema azul e branco pouco ia fazendo ofensivamente, apostando excessivamente num inconsequente Gonçalo Borges. Por outro lado, o Arouca beneficiava dos rasgos de Sylla e da qualidade de Jason Remeseiro, que só não festejou porque Diogo Costa exibiu-se a bom nível. E quando o conjunto da casa marcou, Dylan estava em fora de jogo.

Na segunda parte, a toada foi a mesma. Seguro, o FC Porto foi manietando o Arouca, sem grandes problemas para Diogo Costa. E no ataque? Bom, aí viveu da qualidade de Fábio Vieira, que por volta dos 70 minutos subiu para a faixa direita do ataque – onde sempre se destacou – e passou a ser o homem mais perigoso dos dragões. Foi ele que fechou o jogo, numa arrancada em que bateu João Valido no poste mais próximo (78’), isto depois de acertar na barra momentos antes.
O final de jogo ainda prometeu ser nervoso, pese embora o 0-2. O Arouca chegou mesmo a marcar, mas o VAR confirmou que este não era o dia de José Fontán. O central espanhol fez falta sobre Martim Fernandes e levou à anulação da jogada. Respirava de alívio o FC Porto.
Os dragões vão passar o fim-de-semana com 50 pontos, a três dos rivais da frente – Benfica e Sporting, ambos com 53 – e com o segundo triunfo consecutivo fora de casa. O Arouca viu interrompida uma série de oito jogos consecutivos a pontuar.
Homem de jogo Flashscore: Fábio Vieira (FC Porto)
