“O Benfica precisa de uma mudança para melhor, precisamos de liderança neste clube. Conheço esta instituição, conheço bem este clube e sem uma liderança o Benfica não consegue os seus objetivos. (…) O Rui Costa não é um líder, nunca foi, e não será agora que o vai ser”, disse o antigo jogador, que representou o clube entre 1981 e 1990, tendo vencido quatro títulos de campeão, além de um outro já como adjunto do treinador Giovanni Trapattoni, em 2004/05.
Álvaro falou aos jornalistas no Estádio da Luz, onde foi votar para escolher os novos órgãos sociais do Benfica, numa segunda volta eleitoral à qual se apresentam Rui Costa e João Noronha Lopes, os mais votados na primeira volta.
O antigo lateral esquerdo das águias não poupou nas críticas ao atual momento dos encarnados e visou também o antigo presidente Manuel Damásio, que momentos antes tinha apelado ao voto em Rui Costa.
“Ainda há pouco ouvi um ex-presidente, realmente foi um dos piores presidentes que passaram pelo Benfica. Ainda há pouco falou e nós sabemos bem o trabalho que ele desenvolveu aqui no Benfica, portanto foi péssimo. E penso que devia ter respeito”, disse.
Álvaro Magalhães desejou um próximo presidente com liderança forte, acompanhado por pessoas que possam ajudar o clube a ganhar.
“Quem ganhar que seja um presidente à Benfica”, acrescentou.
A finalizar, o antigo lateral explicou que José Mourinho, de quem disse ser amigo, é treinador do Benfica e fará o seu trabalho, mas quando questionado sobre a saída do diretor-geral Mário Branco em caso de vitória de Noronha Lopes, Álvaro também deixou algumas interrogações.
“Quem é o Mário Branco? O Mário Branco fez algo? Tem história no Benfica?”, referiu.
O presidente em funções, Rui Costa (Lista G), e o gestor João Noronha Lopes (Lista F) disputam a presidência do clube lisboeta numa segunda volta, depois de terem sido os dois candidatos mais votados no sufrágio de 25 de outubro, que registou uma afluência recorde a nível mundial, com 86.297 votantes.
Fora da corrida ficaram o antigo presidente Luís Filipe Vieira (13,86%), João Diogo Manteigas (11,48%), Martim Mayer (2,10%) e Cristóvão Carvalho (0,18%).
Na votação, os sócios do Benfica depositam quatro boletins em urna, para os três órgãos sociais (Direção, Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral) e para o órgão estatutário Comissão de Remunerações.
Esta segunda volta decorre, novamente, com voto físico, entre as 08:30 e 22:00 no continente e Madeira, e com janela horária adaptada nos Açores e restantes locais no estrangeiro.
