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Eleições Benfica: João Diogo Manteigas explica retirada da lista para a Comissão de Remunerações

João Diogo Manteigas, candidato à presidência do Benfica
João Diogo Manteigas, candidato à presidência do BenficaANTÓNIO COTRIM/LUSA

Depois de ter visto a Mesa da Assembleia Geral do Benfica rejeitar a sua lista para a Comissão de Remunerações, João Diogo Manteigas, candidato às eleições do Benfica, explicou em comunicado a opção de retirar a sua candidatura a este órgão social dos encarnados.

"A Mesa da Assembleia Geral está a legislar por conta própria", pode ler-se no comunicado de João Diogo Mantiegas, onde o candidato prevê "eleições baseadas em interpretações arbitrárias, sem um regulamento aprovado pelos seus sócios, ausência de base legal e legitimidade democrática".

Citando o ponto 1 do artigo 78.º, a Mesa da Assembleia Geral do Benfica determinou que só podia candidatar-se à Comissão de Remunerações quem concorresse aos restantes três órgãos. Como dá apoio à lista do 'Servir o Benfica', João Diogo Manteigas, advogado de profissão de 43 anos, prescindiu da MAG e apresentou apenas listas para a Direção e Conselho Fiscal do Benfica.

O candidato referiu que "a interpretação da Mesa vai mais longe do que os estatutos permitem", falando numa "nova irregularidade" neste ato eleitoral. Na visão de João Diogo Manteigas, artigo 78.º "apenas determina que a Comissão de Remunerações é eleita pelos sócios em conjunto com um órgão social, não especificando qual", reforçado que esse artigo "não prevê, nem autoriza, a sua eleição em lista autónoma".

"A decisão de obrigar à apresentação de lista independente e exclusiva para o órgão contraria o que está consagrado nos estatutos e cria uma distorção do processo eleitoral", critica João Diogo Manteigas, que se socorre do artigo 64.º dos estatutos: "Apenas é concedida capacidade eleitoral ativa aos órgãos sociais e, consequentemente, capacidade eleitoral passiva ao órgão estatutário CRm eleito por agregação (apensa) a outro órgão".