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FC Porto-Benfica: João Tomás diz que efeito de Mourinho “já é visível” antes de “clássico imprevisível”

José Mourinho, treinador do Benfica
José Mourinho, treinador do BenficaJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

O ex-futebolista João Tomás considera que o impacto do treinador José Mourinho no Benfica “já é visível” e antevê um ‘clássico’ “imprevisível” entre ‘encarnados’ e FC Porto, no encerramento da oitava jornada da I Liga portuguesa de futebol.

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Orientado por Mourinho nas águias, durante a época 2000/01, o antigo ponta de lança admite que é difícil comparar o contexto em que o special one treinou os lisboetas entre setembro e dezembro de 2000 e aquele em que regressou ao emblema da Luz há pouco mais de duas semanas, mas realça que a qualidade do técnico de 62 anos permanece “inquestionável”.

“Considero que o efeito da chegada do mister José Mourinho ao Benfica já é visível. Nem estou a falar de aspetos técnico-táticos ou físicos. O impacto de um treinador da categoria do José Mourinho tem sempre grande significado por onde passa”, salientou na projeção ao jogo de domingo, em declarações à Lusa.

Autor de 18 golos em 36 encontros oficiais pelo Benfica na época 2000/01, nove deles no período em que jogou sob o comando de Mourinho, João Tomás afirma que as principais marcas que o setubalense lhe deixou foi a “inovação muito grande” em questões técnicas, táticas e físicas e a “capacidade de liderar”.

A forma do Benfica
A forma do BenficaFlashscore

“Um dos aspetos mais relevantes (que lembro) terá sido a capacidade de liderar. Enquanto jogadores, sabemos diferenciar quando existe uma liderança que acredita, que é muito genuína. Foi isso que aconteceu em todos os momentos que vivemos com o José Mourinho”, realça o ex-avançado, que, em Portugal, representou ainda Académica, Vitória SC, SC Braga, Boavista e Rio Ave.

De volta ao reduto do FC Porto, onde se sagrou bicampeão nacional e conquistou ainda uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA, uma Taça de Portugal e uma Supertaça, entre 2002/03 e 2003/04, Mourinho vai encontrar um adversário no topo do campeonato, com sete vitórias em sete jornadas e mais quatro pontos do que o Benfica, mas o desfecho de um clássico é “difícil de prever”, crê João Tomás.

“É um jogo onde fica difícil prever quem vai ganhar e também um resultado. O Porto defende muito bem e ataca também, mas temos o exemplo das dificuldades que passou quando jogou na primeira jornada da Liga Europa (triunfo dos dragões por 1-0 em Salzburgo). É um pouco imprevisível o que pode acontecer”, realça.

Os últimos confrontos
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Embora reconheça que a equipa azul e branca está “numa fase muito positiva”, mostrando-se pressionante e capaz de variar o seu estilo entre “um jogo organizado” e “transições muito rápidas”, o antigo dianteiro, hoje com 50 anos, frisa que os encarnados podem aproveitar o embalo da exibição “mais sólida” de terça-feira, ante o Chelsea, para a Liga dos Campeões (derrota por 1-0).

“O FC Porto está numa fase de grande vigor e de excelentes resultados. Temos de perceber como é que o Benfica se irá apresentar. No jogo com o Chelsea, deu uma imagem bastante diferente do que tínhamos visto frente ao Gil Vicente (triunfo por 2-1) e ao Rio Ave (1-1). É um clássico, com duas equipas boas”, constata o antigo internacional português.

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