O FC Porto tem maioria absoluta de vitórias nos confrontos em casa com o Benfica para a I Liga portuguesa de futebol, mas essa tendência desvaneceu-se depois do adeus às Antas.
Siga as incidências da partida
No total dos 91 encontros, os azuis e brancos são esmagadores, com 53 triunfos, correspondentes a 58,2%, mas há claramente um antes e um depois em relação ao novo palco portista, o Estádio do Dragão, edificado para o Euro2004.
Com a mudança para o novo recinto, o FC Porto até conseguiu duas marcantes manitas, os 5-0 de 2010/11, com o atual presidente André Villas-Boas como treinador, e 2023/24, mas nem sequer pontuou na maioria das vezes.
Nas últimas 22 visitas, o Benfica conseguiu pontuar em 12 (54,5%), ao somar sete igualdades e cinco triunfos, contra 10 derrotas (45,5%).
Se a análise for reduzida a metade, aos derradeiros 11 jogos, então a igualdade é quase total – mais dois golos para os portistas (15-15) -, com quatro triunfos para cada lado e mais três igualdades.

Desde 2014/15, os dragões venceram em 2015/16, por 1-0, graças a um golo tardio de André André (86 minutos), e por 3-2 em 2019/20, num resultado que começou a virar o campeonato.
O onze de Bruno Lage chegou ao Dragão com sete pontos à maior e 16 vitórias consecutivas, mas acabou derrotado, apesar do bis de Vinícius (18 e 50 minutos). Sérgio Oliveira (10, de penálti), Alex Telles (38) e Vlachodimos (44, na própria baliza) selaram o triunfo dos azuis e brancos.
Depois, o FC Porto ganhou por 3-1 em 2021/22, com tentos de Fábio Vieira, Pepê e Taremi, perante um Benfica que estreou Nelson Veríssimo e ainda reduziu para 2-1, aos 47 minutos, por Yaremchuk, pouco antes de André Almeida ser expulso.
Em 2023/24, os comandados de Sérgio Conceição arrasaram o onze do alemão Roger Schmidt, com um 5-0 que começou a ser escrito na primeira parte com um bis de Galeno (20 e 44 minutos) e prosseguiu com tentos de Wendell (55), Pepê (75) e o suplente Danny Namaso (90).
Pelo meio, aos 61 minutos, numa altura em que os portistas já venciam por 3-0, o Benfica ficou reduzido a 10 unidades, por expulsão do capitão e ex-portista Otamendi.

Os encarnados somaram as mesmas cinco vitórias neste período, a primeira por 2-0, em 2014/15, selada pelo brasileiro Lima, que bisou, aos 35 e 56 minutos, reeditando os feitos de César Brito (1990/91) e Nuno Gomes (2005/06).
Quatro anos depois, em 2018/19, o Benfica, de Bruno Lage, ganhou por 2-1, com reviravolta, para roubar a liderança ao FC Porto e partir rumo ao 37, com tentos de João Félix (26 minutos) e Rafa (52), após o golo de Adrian López (19).
O atual jogador do Besiktas voltou a ser decisivo, novos quatro anos volvidos, em 2022/23, agora com o golo solitário do jogo (1-0), aos 72 minutos, perante uns portistas há muito com 10, face à expulsão de Stephen Eustáquio, logo aos 27.
Na época passada, o Benfica fez ainda melhor, ao vencer por expressivos 4-1, para igualar, meio século depois, a maior diferença de sempre num jogo no reduto portista, os 3-0 de 1974/75, e marcar quatro golos pela primeira vez.
O grego Pavlidis foi a grande figura do jogo, ao tornar-se o primeiro jogador encarnado a conseguir um hat-trick na casa do FC Porto, com golos no primeiro minuto, aos 43 e 69, com o capitão argentino e ex-portista Otamendi a fechar o resultado, aos 90+4, depois de Samu reduzir, aos 81.
Além destes cinco triunfos nestes 11 anos, o Benfica ainda pontuou mais três vezes, a primeira em 2016/17, graças a um golo do central argentino Lisandro López aos 90+3 minutos, que anulou o tento do malogrado Diogo Jota, aos 50.

Na época seguinte, registou-se um empate a zero e a terceira igualdade aconteceu em 2020/21, sem público, culpa da pandemia de covid-19, com Grimaldo a adiantar (17 minutos) o Benfica e Taremi a empatar (25), antes de ser expulso (73).
O histórico global continua, porém, muito favorável aos portistas, que ganharam mais 37 jogos (53 contra 16) e somam mais 70 golos (177-107).
A história dos clássicos em terreno portista para a Liga arrancou em 1934/35 e os azuis e brancos começaram muito bem, mantendo-se invictos nos primeiros oito (cinco vitórias e três empates), para cederem a primeira derrota em 1942/43 (2-4).
Até ao início da década de 50, o Benfica ainda venceu mais três vezes, mas o FC Porto mostrou-se insuperável de 1950/51 a 61/62 (10 vitórias e dois empates), num período em que se destacam três triunfos consecutivos por 3-0 (54/55 a 56/57).

Em 1962/63, um golo do inevitável Eusébio valeu uma vitória por 2-1 e o fim do jejum de triunfos do Benfica, que só voltaria a ganhar em 1969/70: a essa derrota, o conjunto da casa respondeu com a terceira maior goleada de sempre (4-0 em 70/71, com quatro tentos de Lemos).
A década de 70 acabou, no entanto, por ser o melhor período dos encarnados, que em 1971/72 ganharam por 3-1 e conseguiram, depois - pela primeira e única vez em solo portista -, três triunfos consecutivos, entre 74/75 e 76/77.
Desde então, e até a estreia do Dragão, o FC Porto foi claramente superior, com 20 vitórias, seis empates e apenas uma derrota, com destaque para os 10 triunfos consecutivos entre 1994/95 e 2003/04.
O 92.º encontro entre o FC Porto e o Benfica para a I Liga portuguesa de futebol em casa dos azuis e brancos, a contar para a oitava jornada da edição 2025/26, está marcado para domingo, pelas 21:15, no Estádio do Dragão, no Porto.