O FC Porto juntou-se aos clubes, nomeadamente Sporting, Arouca e SC Braga, manifestando "séria preocupação com os elementos hoje tornados públicos no contexto da candidatura ao Comité Executivo da UEFA do atual presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença."
"O Desporto português, e o futebol em particular, atravessam uma fase crucial para o seu desenvolvimento. Acresce que Portugal está neste momento envolvido em projetos estruturantes, como a organização do Campeonato do Mundo de 2030 e a candidatura ao Campeonato da Europa de Futebol Feminino de 2029, cujo êxito é crucial para o país", pode ler-se na nota oficial do FC Porto.
Recorde-se que no sábado o presidente da FPF, Pedro Proença, revelou ter o apoio de Fernando Gomes na candidatura ao Comité Executivo da UEFA, algo que, horas mais tarde, o recém-eleito líder do COP negou em carta enviada aos presidentes das federações de futebol europeias. “Foi a maior das surpresas tomar conhecimento de uma carta enviada pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, na qual o meu nome é mencionado sem consentimento prévio ou mesmo informação”, pode ler-se na missiva de Fernando Gomes, que liderou a FPF durante 13 anos.
Na mesma carta, o antecessor de Pedro Proença confessou não partilhar “uma visão comum para o futebol e o desporto” com o atual presidente da FPF. “Pedro Proença escolheu o caminho da destruição do legado que eu e a minha equipa construímos ao longo de 13 anos, através de decisões e insinuações públicas que visam atacar o nosso bom nome e que, como se verá, são completamente infundadas”, refere o documento.
Comunicado do FC Porto na íntegra:
"O FC Porto vem manifestar a sua séria preocupação com os elementos hoje tornados públicos no contexto da candidatura ao Comité Executivo da UEFA do atual presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença.
O Desporto português, e o futebol em particular, atravessam uma fase crucial para o seu desenvolvimento. Acresce que Portugal está neste momento envolvido em projetos estruturantes, como a organização do Campeonato do Mundo de 2030 e a candidatura ao Campeonato da Europa de Futebol Feminino de 2029, cujo êxito é crucial para o país.
Nessa medida, é absolutamente fundamental que Portugal se mantenha representado nas mais altas instâncias reguladoras do futebol internacional (incluindo na UEFA), por forma a assegurar a proteção dos interesses do futebol português a nível europeu e mundial.
É por isso imperioso que se esclareçam os factos relativos a este grave incidente para que episódios semelhantes não se repitam no futuro e para que se restabeleça, de forma prioritária, a cordialidade e a normalidade no relacionamento institucional entre as entidades que regem o desporto em Portugal."