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Privado dos castigados Eustáquio, Nico González e Samu, o interino José Tavares mexeu nos três setores, promovendo os regressos de Martim Fernandes, Djaló, Vasco Sousa, Fábio Vieira, Gonçalo Borges e Deniz Gul, sob o olhar atento do próximo treinador Martin Anselmi, presente nas bancadas do Dragão com a sua equipa técnica.

Bola cá, golo lá
O jovem lateral direito, recém-recuperado de lesão, teve um bom início de jogo criando logo uma situação de perigo que quase resultava em autogolo nos primeiros segundos, mas ressentiu-se das queixas e foi substituído por João Mário, aos 14 minutos. O recém-entrado viu cartão amarelo logo na primeira falta que fez na partida e ficou condicionado desde logo, enquanto Deniz Gul ficou a pedir uma falta não assinalada quando seguia isolado para a baliza.
A entrada agressiva dos dragões, no entanto, não levava muito perigo à baliza de Gabriel Batista, que segurou facilmente uma tentativa do meio da rua de Galeno. Na outra área, na primeira oportunidade real dos açorianos, aos 33 minutos, Gabriel Silva apareceu sozinho num pontapé de canto para rematar colocado, de primeira, e despejou um balde de água gelada num Dragão já encharcado pela chuva incessante.
Ao contrário do que aconteceu nas outras partidas, o apoio não esmoreceu e os adeptos continuaram a puxar pelos azuis e brancos que estiveram perto do empate numa bomba de Alan Varela para boa defesa de Gabriel Batista, com Gonçalo Borges a atirar a recarga para fora. Pouco depois, houve assobios quando André Narciso não mostrou o segundo amarelo a Diogo Calila por um pisão em Galeno, com Vasco Matos a substituir o lateral de imediato por Lucas Soares.
Ainda antes do descanso, Deniz Gul teve duas vezes em destaque, primeiro por ter marcado em posição irregular, e, depois, por ter perdido uma ocasião clara, acertando no poste após cruzamento de João Mário. Pela terceira jornada consecutiva, o FC Porto chegou ao intervalo a perder.

Logo no reatamento - sem alterações -, Gabriel Batista voltou a brilhar para negar o golo de Galeno, num reinício sufocante por parte dos anfitriões que armaram o assalto à área contrária. Sem perder tempo, José Tavares lançou Zaidu e Rodrigo Mora, com o lateral esquerdo a aparecer em boa posição, mas a atirar por cima da trave.
Esperança renasceu de bola parada e morreu no penálti
Com o passar dos minutos e o aumento da pressão, os dragões começaram a somar erros básicos, falhas técnicas e más opções que criaram um burburinho nas bancadas do Dragão. Aos 70 minutos, João Mário lançou bem Galeno para área, que desviou ao lado do poste e foi derrubado na grande área por Gabriel Batista. Penálti assinado e, chamado a converter, o avançado brasileiro... acertou no poste e o guardião levantou-se rapidamente para segurar a recarga de Fábio Vieira.
Com a moral em baixo e adeptos desacreditados ao verem no horizonte a quinta derrota consecutiva - a primeira vez na história -, eis que, quando ninguém contava, num livre levantado para a área, Otávio elevou-se acima da defesa e com um cabeceamento em balão restabeleceu a igualdade, aos 75 minutos. Foi a estreia a marcar do central brasileiro desde que chegou à Invicta.
Os dragões procuraram a reviravolta nos últimos instantes, beneficiando da expulsão de Matheus Pereira, por acumulação de amarelos, mas não encontraram o caminho do golo e só ameaçaram de longa distância, num remate de Djaló que ainda bateu no ferro.
No último lance da partida, Pepê foi derrubado na grande área e ganhou uma nova grande penalidade. O Dragão acordou, tentou empurrar a bola para a baliza, mas Galeno, pela segunda vez, falhou o castigo máximo e a recarga. Gabriel Silva brilhou ao segurar um ponto para os açorianos.
Homem do jogo Flashscore: Gabriel Batista (Santa Clara).
