Recorde as incidências da partida
A Liga Portugal 2025/26 começou em silêncio. A morte de Jorge Costa abalou o futebol português e o peso sentiu-se bem para lá da cidade Invicta. Rio Maior foi um exemplo do que deve ser um minuto de silêncio e respeitou O Bicho como merecia ser respeitado. Um prelúdio emocionante para o arranque de temporada.

Sequeira e um pacto com os ferros
Apesar da derrota na Supertaça, Rui Borges gostou do que viu e só mexeu uma peça no onze. Luis Suárez, como era de esperar, foi titular e mostrou desde logo que é um avançado diferente de Gyökeres, que é passado, e de Harder, que pode ser futuro e pode aprender umas coisas com o colombiano - desde logo, a capacidade técnica, mas também as movimentações que abrem espaço para as combinações entre Pote e Trincão.
No Casa Pia havia a expectativa de confirmar os bons sinais da época passada e esquecer aquele arranque péssimo em 2024/25, mas só Sequeira conseguiu apresentar-se ao nível de outras partidas.

Apesar de um início pressionante da equipa de João Pereira, o Sporting apresentou-se com uma dinâmica positiva e começou cedo a dominar e a jogar no meio-campo adversário. Hjulmand (9') rematou ao poste da baliza de Sequeira, que começou a brilhar com uma grande defesa a negar a estreia de sonho a Suárez.
O costa-riquenho, que até estará de saída, entrou em modo Keylor Navas e fez defesas decisivas a remates de Pedro Gonçalves e Suárez. Quando não foi o guarda-redes, foi a trave a evitar o 0-1 de Maxi Araújo (22'), mas o sentido do jogo era sempre a baliza do Casa Pia.

Dinâmica ao ritmo de Trincão afetada por lesão dupla
Depois de tantas ameaças, o 0-1 surgiu num lance que deixou expostas as debilidades do Casa Pia nesta partida, mas também a boa dinâmica do novo trio leonino. Suárez não tocou na bola, mas arrastou a marcação para Pote e Trincão fazerem o resto. O esquerdino finalizou na perfeição um lance que tinha sido iniciado por Diomande (42') e o Sporting foi para o balneário com uma vantagem que Sequeira e os ferros tinham conseguido anular a muito custo.
A segunda parte foi menos interessante por vários pontos. Apesar de o Casa Pia ter subido linhas para tentar incomodar pela primeira vez a baliza de Rui Silva, que foi um espectador na primeira parte, as lesões de Maxi Araújo (estreia de Ricardo Mangas) e Diomande afetaram o ritmo da partida, mas uma bola parada tranquilizou ainda mais a equipa de Rui Borges, que nunca se viu verdadeiramente atrapalhada.
Sem o mesmo ritmo da primeira parte, embora Suárez continuasse à procura do seu golo, Trincão encontrou Hjulmand (62') num livre lateral e o capitão leonino, que continua a ser apontado à Juventus, fez o 0-2.
O Casa Pia continuou a sentir problemas para contrariar a boa dinâmica ofensiva do Sporting, apesar de alguma displicência verde e branca na defesa, com Fresneda em destaque pela negativa.
A lesão de Nsona tirou uma arma ofensiva aos gansos, enquanto Suárez foi desperdiçando ocasiões para o 0-3. Rui Borges ainda juntou Harder ao avançado colombiano, mas a história do jogo já estava escrita, apesar de Svensson obrigar Rui Silva à primeira defesa do jogo já nos descontos, e o bicampeão nacional arrancou a Liga com uma vitória.

Homem do jogo Flashscore: Francisco Trincão (Sporting)
