João Pereira: “Entrou num momento que todos conhecemos, num desafio extremamente complicado e desafiante. A verdade é que tanto nós Sporting, como o João, chegámos à conclusão que não correu bem. Sabíamos das dificuldades, do choque emocional brutal pela saída de Ruben Amorim. Teve também, e consideramos que experienciou a lei de Murphy, uma onda de lesões que eu nunca vi enquanto presidente e arbitragens extremamente infelizes que prejudicaram a carreira de treinador. Sabíamos de tudo isso, mas a opção foi de lógica de continuidade do processo. Olhando para trás, o principal problema foi que João Pereira não pôde ser o João Pereira. Sai um treinador como Ruben Amorim, mas não conseguimos ter o João Pereira. Inconscientemente tinha de se adaptar e fazer com que uma máquina montada continuasse a rolar à medida do ex-treinador. Olhando para trás, qualquer treinador ia passar por isto. Hoje, não tenho dúvidas que o treinador que aqui vai ser apresentado, Rui Borges, vai poder ser o Rui Borges. Porque assim lhe é permitido".
Apresentação de João Pereira: “É esta a escola da minha formação, o meu conceito de liderança. Não me interessa o que vão dizer de fora e muito menos se me vou fragilizar no futuro. Interessa-me sim os meus, o que eu posso fazer para dar força e motivar alguém que vai aceitar um desafio tremendo. Interessa-me muito menos a comunicação interna, do que a para fora. É assim que sou, assim que serei, que liderei o Sporting até ao último dia da minha missão. A única coisa que lamento foi não ter conseguido ajudar mais o João Pereira e isso é algo que vou carregar comigo para sempre. Desejo todas as felicidades e não tenho dúvidas que quando for João Pereira vai ter sucesso. E sobre o caráter tenho de dizer, porque nesta indústria se fala de pessoas que se agarram a valores de rescisões, mas quando me sentei com o João Pereira ele não quis nem um cêntimo de dois anos e meio de contrato. Apenas me disse: ‘Presidente, este clube deu-me tudo e jamais vai ter de pagar o que quer que seja’. Esta nobreza de caráter diz tudo o que é o João".
Rui Borges: “Um treinador que já tínhamos no radar há mais de um ano. Subiu a pulso na carreira. Começando no Mirandela, subindo por vários projetos, clubes cada vez mais exigentes, sempre com ideia de jogo e liderança. Foi crescendo e subindo a pulso, chegando ao Mafra onde fez um excelente trabalho e passando para o Moreirense onde chamou a atenção da estrutura do Sporting e daí passou para um clube com grande massa associativa (Vitória SC) onde continuou um excelente trabalho. Reconhecemos em Rui Borges um homem que lidera pelo exemplo, que lidera pelo discurso simples e que os homens o seguem. Desejo-lhe sorte, muito obrigado e à futura equipa técnica. O Sporting está em todas as frentes, o Sporting de hoje, que voltou a ser de há algumas décadas, luta por todos os títulos e vai continuar a lutar por todos os títulos”.