Recorde as incidências do encontro
O Sporting tinha conseguido duas vitórias consecutivas pela primeira vez desde a chegada de Rui Borges na última jornada, mas entrou em cena a saber que o Benfica já tinha feito o seu trabalho e que estava obrigado a vencer num terreno onde o rival tinha perdido esta época.
Espaço para Gyökeres e companhia
É certo que o Casa Pia de março não é o mesmo de janeiro - Nuno Moreira e Beni Mukendi saíram, Cassiano esteve ausente -, mas a equipa de João Pereira não perdia em casa, para a Liga, desde agosto, o que por si só era mais um sinal de perigo para os leões, que voltaram a contar com o capitão Hjulmand, de regresso após lesão, e já tiveram Morita - lançado depois dos 60'.
Apesar desse regresso, Rui Borges montou uma equipa e uma estratégia parecida à que adotou contra o Estoril. Esgaio manteve-se no eixo defensivo de uma equipa que jogou num bloco mais baixo do que o habitual, à procura de explorar os ataques de Gyökeres à profundidade, com o sueco a travar duelos com José Fonte e Goulart, centrais com dificuldades para equilibrar o jogo com o melhor marcador da Liga no que toca à velocidade.
Inicialmente, parecia que a receita aplicada tinha sido perfeita. O Sporting entrou dominante e depois de uma grande ocasião de Trincão (9'), precisamente após lance individual de Gyökeres, chegou ao golo por Gonçalo Inácio.
Pela segunda jornada consecutiva, o internacional português marcou de cabeça (12') e respondeu ao cruzamento perfeito de Quenda para abrir o marcador numa altura em que já sabia que não vai defrontar o Famalicão por ter visto o quinto amarelo na Liga.
O jogo estava fácil para o Sporting e João Pereira não estava a encontrar a solução para contrariar as ideias leoninas. As dificuldades no último terço foram coletivas, mas também individuais (Miguel Sousa foi o único a conseguir evidenciar-se), e o Sporting chegou ao 0-2 com naturalidade. Quenda desperdiçou (15'), mas Gyökeres (34') contornou a defesa do Casa Pia ao correr pela esquerda, lançado por Hjulmand, e colocou a bola por baixo do corpo de Sequeira para apontar o 26º golo na Liga.
Gyökeres acabou com o pesadelo de Esgaio
A partida continuava a parecer demasiado fácil para a equipa de Rui Borges, mas o já tradicional adormecimento coletivo do Sporting chegou mais cedo do que tem vindo a ser habitual. Nos últimos 10 minutos do primeiro tempo, o Casa Pia passou a ter mais bola e a aparecer com mais perigo junto à baliza de Rui Silva. Ainda assim, a falta de ocasiões não fazia prever que o 1-2 surgisse em cima do intervalo, com Esgaio (45'), importunado por Miguel Sousa, a fazer um autogolo infeliz que deixou intranquilos os adeptos leoninos que se deslocaram a Rio Maior.
O cenário deixou desconfiado o próprio Rui Borges, que ficou alguns minutos após o apito para o final da primeira parte a conversar com um adjunto no banco de suplentes, mas as instruções não trouxeram melhorias imediatas para o segundo tempo. Esgaio quase fez novo autogolo com um desvio de canela para a linha de fundo e Rui Silva negou o empate a José Fonte (52') com uma grande intervenção.
Com os leões em dificuldades, Rui Borges olhou para o banco e deu as boas-vindas a Morita, que substituiu Hjulmand e deu a tranquilidade com bola necessária à equipa.
Apesar de voltar a controlar o jogo, a margem mínima fazia com que a partida continuasse incerta, mas um penálti de Tchamba sobre Trincão acabou com as dúvidas. Gyökeres (77') voltou a não tremer e confirmou o triunfo para o Sporting desde a marca dos 11 metros.
O avançado sueco ainda esteve perto do hat-trick, evitado por Goulart e Tchamba com dois carrinhos, mas o Casa Pia perdeu a energia para discutir o resultado e voltou a ser derrotado em casa seis meses depois.
Homem do jogo Flashscore: Viktor Gyökeres (Sporting)
