Recorde as incidências da partida
O SC Braga tinha uma viagem curta até Moreira de Cónegos, mas o trajeto de autocarro terá sido feito com cara fechada, depois de uma vitória que valeu pouco a nível europeu, com a equipa de Carlos Carvalhal eliminada da Liga Europa e limitada agora a duas competições, a Liga Portugal e a Taça de Portugal. Tudo isto com o mercado em andamento e a saída de figuras da equipa em perspetiva. Matheus, a caminho do Ajax, e Bruma, que vai reforçar o Benfica, já não jogaram com o Moreirense.

Lei do ex aplicada logo a abrir
No entanto, tudo isto não serve de atenuante para uma exibição abaixo do esperado por parte do SC Braga, especialmente na primeira parte. A equipa arsenalista jogou num estádio difícil, onde Sporting e Benfica perderam pontos, é certo, mas até por saber isso pedia-se outra atitude competitiva no Comendador Joaquim de Almeida Freitas, algo que existiu desde o início no Moreirense.
A equipa de César Peixoto não vencia há sete jogos e não marcava há três, mas o início não só prometeu como cumpriu. À primeira oportunidade, Schettine (4') aplicou a lei do ex e aproveitou o erro de Hornicek para abrir o marcador, num lance que levou seis minutos a ser validado pelo VAR.
A primeira reação bracarense demorou ainda mais. Foi preciso esperar pelo minuto 26 para que Roger Fernandes ameaçasse a baliza do Moreirense, com um remate à entrada da área ao lado da baliza de Kewin.
O lance não serviu para despertar por completo a equipa de Carvalhal, que passou a ter mais bola, mas mesmo assim estava a sentir dificuldades para criar perigo diante de um Moreirense que já tinha tido a contrariedade da lesão de Sidnei Tavares, substituído à meia hora de jogo.

Moutinho teve cabeça, Ricardo Horta celebrou dia especial
A primeira parte prolongou-se no tempo, muito por causa da demora na análise ao golo do Moreirense, mas devolveu as emoções à partida e motivou o SC Braga para os 45 minutos que se seguiram. Benny (45'+5) falhou na cara de Hornicek e Roger Fernandes (45'+9) acertou na trave.
Ao intervalo, mesmo sem alterações, o SC Braga apresentou-se claramente renovado, apesar do susto provocado por Schettine, que obrigou Hornicek a segurar o 1-0 antes que João Moutinho (66') marcasse um improvável golo de cabeça, na sequência de um pontapé de canto, para materializar a superioridade bracarense na segunda parte, que acabou mesmo em reviravolta.
Kewin (90'+3) ainda negou o golo a Gharbi com uma defesa espetacular, mas Ricardo Horta celebrou um dia especial logo a seguir, voltando a ser decisivo para a equipa arsenalista.
Homem do jogo Flashscore: João Moutinho (SC Braga)
