Candidato à presidência do Benfica, João Noronha Lopes concedeu uma entrevista à CMTV. Abordou as acusações de Luís Filipe Vieira e atirou na direção de Rui Costa.
Rui Costa: "Estas últimas 24 horas trazem o desespero de duas pessoas que simbolizam um regime que está podre, que vai cair. Estão nervosos, então mentem, lançam calúnias. Rui Costa quer desviar as atenções do facto de o mandato ter sido um falhanço desportivo e económico. Não aceito lições de benfiquismo de Rui Costa. Foi bandeira eleitoral de Vale e Azevedo em 1997, e, em 2020, enquanto eu me bati contra Vieira, escondeu-se atrás dele".
Luís Filipe Vieira: "Acha que tem um direito divino de ser presidente e de escolher Rui Costa para sucessor. É tempo de olhar para o Benfica do futuro. Uma coisa que me distingue é que ando no meio dos sócios, não preciso de seguranças".
João Diogo Manteigas: "Não sei se havia uma estratégia. João Diogo Manteigas veio ter comigo, a perguntar se podia falar e a desafiar-me para sair da sala. Eu disse que não saía, porque todos os sócios devem ser ouvidos em assembleias gerais e devem ser respeitados enquanto usam da palavra. Eu até entendo que algumas pessoas possam sair da sala. Estão no seu legítimo direito. Agora, eu não saio. Estou lá para defender as minhas posições, com urbanidade e respeito pelos sócios."
Vieira negou ter seguranças: "Vi Luís Filipe Vieira entrar e atrás dele vinham capangas. Aliás, esses capangas sentaram-se ao lado de Luís Filipe Vieira durante a assembleia geral. Claro que eram seguranças! Mais outra mentira de Luís Filipe Vieira. Mas ele tem uma relação difícil com a verdade. Luís Filipe Vieira é uma figura do passado."
Assembleia-Geral: "Não existiu nenhuma manobra organizada da minha candidatura para boicotar quem quer que fosse. Aquilo que se passou na Assembleia-Geral relativamente a um sócio que foi impedido de falar é inadmissível e não são as mentiras que Luís Filipe Vieira disse que me vão fazer mudar de opinião".
Principais adversários: "Eu respeito todos os meus concorrentes nestas eleições. Acho que é um sinal de vitalidade do Benfica ter vários candidatos nestas eleições, mas deixe-me colocar isto da seguinte maneira: os meus adversários são Vieira e Rui Costa, são eles que representam o passado, são eles que são farinha do mesmo saco, são eles que trabalham com as mesmas pessoas e usam as mesmas práticas. É o desespero. É ambos sentirem que está a chegar ao fim um regime e vai acabar porque o Benfica não aguenta mais quatro anos disto. O Benfica vai mudar com gente nova e ideias. Não vou entrar em ataques pessoais, mas não deixarei, em circunstância alguma quando for preciso falar a verdade. E hoje era importante falar a verdade."
Liderança nas sondagens: "As sondagens têm o valor que têm. Pelos vistos, as sondagens incomodam mais os outros do que me fazem a mim deitar foguetes. Os outros estão todos muito incomodados com estas sondagens e então reagem com estas mentiras e estas calúnias que se espalharam ao longo do dia inteiro, mas essas mentiras não vão passar. As minhas sondagens são feitas junto dos benfiquistas, estou desde junho a correr as Casas do Benfica. O que eu sinto é o desejo de mudança. Tive presidentes das Casas que estiveram em 2020 com Vieira a declarar-me apoio. Não foi um nem dois, já foram vários. Há uma outra coisa que me distingue de Vieira e Rui Costa. Eu não vou às Casas do Benfica só em alturas de aniversário para fazer um discurso. Eu vou lá e estou durante duas horas a ouvir os sócios e a responder a perguntas dos sócios. Uma das coisas que se perdeu muito no Benfica foi este respeito pelos sócios e a dimensão associativa do Benfica. Este presidente passa a vida no gabinete e não contacta com os sócios, não respeita os sócios. Tem convites para ir às Casas do Benfica e não vai. Essa é uma diferença essencial. O Benfica não é de rei iluminado nem de um príncipe herdeiro. O Benfica é dos sócios, é de mais de 400 mil sócios e há que respeitá-los, dizendo a verdade, ouvindo-os e falando com eles."