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João Pereira mantém confiança e lamenta azares: "Parece que tudo nos acontece"

João Pereira, treinador do Sporting
João Pereira, treinador do SportingESTELA SILVA/LUSA
João Pereira, treinador do Sporting, fez esta sexta-feira a antevisão à partida com o Boavista, a contar para a 14.ª jornada da Liga Portugal, marcada para sábado, às 20:30. Leia abaixo as declarações.

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Jogo e reação: "Já falámos nesse momento de viragem há algum tempo. Em todos os jogos em que entrámos, entrámos com vontade de ganhar e fazemos o melhor possível e é o que vai acontecer com o Boavista. Já o demonstrámos nos últimos jogos, fizemos golo primeiro. Às vezes, o destino prega-nos algumas partidas que não vão voltar a acontecer".

Contrato e declaração de nunca ser um problema para o Sporting: "O que vale mais é ganhar amanhã (sábado). Isso é o que vale mais".

Repetia decisão de assumir cargo de treinador do Sporting: "Não falo em ses ou hipoteticamente, isso não funciona. Queremos muito ganhar o jogo com o Boavista. Sabemos que as vitórias é que dão segurança aos treinadores. Se atendia a chamada (de Varandas)? Claro. Como não atender? Primeiro porque não sabia o que era, mas voltava a dizer que sim, claro que queria estar aqui, que estou preparado e voltava a dizer o mesmo".

A forma recente do Sporting
A forma recente do SportingFlashscore

Confiança: "Acredito no trabalho da equipa técnica, dos jogadores, estrutura e sinto que estamos todos a remar para o mesmo lado. Os resultados não têm aparecido, é verdade, mas apesar de ditarem muito da continuidade de um treinador e segurança, às vezes a competência não se vê só nos resultados, mas em muitas outras coisas. É sinal que o presidente viu competências em mim, várias pessoas viram e sei que eu e a minha equipa técnica somos competentes e isso faz-me acreditar que vamos dar a volta".

Presença no banco: "A equipa técnica sabe que temos de passar a mensagem, fosse eu ou outra pessoa. Pensamos todos com uma cabeça, temos a mesma ideia, todos sabemos o queremos defensivamente, nas bolas paradas, sabemos o posicionamento de cada jogador, o que queremos de cada ação e a mensagem é clara".

Gyökeres sem atacar a profundidade: "Há uma situação que leva a isso. O Sporting chegava aos últimos 30 minutos a ganhar, em vantagem, as equipas a tentarem chegar ao empate abriam mais espaço e havia mais espaço na profundidade. No 5-4-1 do Santa Clara não existe profundidade, temos de chegar lá de outra forma, o Brugge muito em espera com o 4-4-2, mas às vezes linha de cinco. Conseguimos marcar, depois a jogada logo a seguir ao golo deles é uma bola em profundidade porque a equipa do Brugge estava subida. Não temos chegado aos últimos 30 minutos em vantagem e isso leva as equipas a defender o resultado".

Os próximos compromissos
Os próximos compromissosFlashscore

Jogo com o Club Brugge: "Entrámos bem, o Brugge tocou na bola no pontapé de saída, depois não tocou até fazermos o golo, não deixámos partir o jogo, controlámos o jogo, fizemos golo numa boa jogada, com apoio frontal do Viktor. Depois controlo do jogo, o Brugge vai lá uma vez, faz um remate que nem ia à baliza, a bola bate num jogador, trai o guarda-redes e golo na própria baliza. É normal os jogadores sentirem. Eu já estive lá dentro e sei. Parece que tudo nos acontece. Logo na jogada a seguir, reagiram. Os jogadores quem muito voltar a ganhar, às boas exibições e há pouca coisa que posso pedir mais".

Crítica: "Não existe ninguém que esteja mais frustrado por não conseguir dar as vitórias do que toda a gente quer do que eu, os jogadores, a estrutura e o staff. Eu sou treinador. Se ganhar menos, tenho menos clubes para ganhar. Os jogadores, se ganharem menos, também não vão para clubes como o Manchester City. É a nossa vida, o nosso trabalho. Aceito as críticas, é normal, quando era adepto também ficava frustrado". 

Lugar à disposição em caso de derrota: "Não falo em coisas hipotéticas. O foco é ganhar ao Boavista e depois logo se vê".

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Ausência do Pedro Gonçalves: "Não gosto de falar dos jogadores que estão fora. O azar de uns é a oportunidade de outros. Se fazem falta? Ele e o Nuno Santos, se formos ver as três ou quatro épocas, se juntarem os números deve dar, no mínimo, 15 assistências e 25 golos, mas é futebol. Os jogadores têm de mostrar que estão prontos para aproveitar as oportunidades".

Adeptos: "Já fui jogador no Sporting em épocas complicadas e houve uma coisa que sempre senti, apoio do primeiro ao último minuto. O que acontece no final é normal quando uma equipa não ganha - assobiar, acenar com lenços brancos, protestar. Temos de estar preparados. Mas tenho notado apoio incondicional à equipa. Eles fazem a parte deles e nós temos de fazer a nossa".

Confiança: "Hoje, sinto a mesma confiança que sentia no primeiro dia que entrei aqui, de toda a gente. A confiança é a mesma. Às vezes, o carácter de uma pessoa não se define por resultados e o trabalho e a competência dão outras coisas. Os resultados não estão a aparecer, mas acreditando vão aparecer".

Contrato: "Continuo porque tenho confiança total na vitória de amanhã. Não sei o que pode acontecer ou não, mas o que me trouxe aqui não foi o dinheiro, não é o dinheiro que me move. Estou aqui porque amo a minha profissão".