João Simões, médio do Sporting que se estreou na equipa principal na época passada, vai começar uma nova etapa fora do futebol. Aos 18 anos, o jovem leão, que se sagrou campeão nacional, inicia o seu trajeto na universidade.
Média de 15,08 valores e entrada no curso de Reabilitação Psicomotora, na Faculdade de Motricidade Humana, em Oeiras. João Simões concluiu o 12.º ano, mas não colocou os estudos em suspenso, apesar do sucesso que tem tido dentro das quatro linhas.
Visto como potencial capitão do Sporting nos próximos anos, João Simões destacou-se na época passada, numa altura em que o plantel da equipa de Rui Borges era afetado por várias lesões no setor intermédio, e deu sinais positivos, sagrando-se pela primeira vez campeão nacional.
Apesar dessa afirmação e da estreia na Liga dos Campeões, João Simões decidiu continuar a estudar e assumiu até algum nervosismo pelos primeiros dias da vida universitária.
"Muito pior (ir para a universidade do que entrar em campo). Prefiro no campo, estou mais tranquilo. É a minha praia (risos)", disse, em declarações à Sporting TV.
"Espero ter uma boa carreira e quero usar (os estudos) para nunca deixar o desporto. Gosto muito do treino e de perceber o porquê de fazer certas coisas, a parte física também, e, assim, ter algo para o futuro, porque é importante", acrescentou.
Apesar do estatuto de jogador de alta competição, João Simões acredita ter capacidade para conciliar estas duas partes da sua vida.
"Vai ser um bom desafio, mas não vai ser fácil, obviamente (...) No primeiro semestre só vou ter uma disciplina: anatomofisiologia I. Depois, depende de quando estou ou não em estágios e, às vezes, vou ter de tentar acompanhar à distância com o que os professores colocam na plataforma”, assume.

Por fim, o médio de 18 anos destaca o incentivo dos pais para que continuasse os estudos.
"Quando vim para aqui (2018/2019), a minha mãe disse-me logo: 'à primeira negativa que tiveres, independentemente de estares no Sporting, vens para casa’. Sempre me foi incutido e o meu irmão mais velho foi sempre o meu exemplo. Eu também queria ser sempre melhor do que ele também na escola", afirmou.
"No segundo ciclo eu tirei melhores notas do que ele, depois vim para o Sporting, a partir do nono ano comecei a ir para a seleção, a ter estágios em jogos fora e faltei mais. Não baixei as notas, mas ele tinha 18, 19 e 20. Eu tinha 15, 16, às vezes um 18... No 12.º, quando estive com a equipa A, desci um bocado para mais 15 e 14", lembrou.
"Tenho de ter vontade de aprender. Hoje estou cá, para a semana não sei, devido à Champions. Tenho de aproveitar ao máximo o tempo que estou por cá", finalizou, já à entrada da Faculdade da Motricidade Humana.