Jeremiah St. Juste, Conrad Harder, Morten Hjulmand, Zeno Debast e Francisco Trincão foram os leões desafiados a trocar o relvado pelo asfalto, acompanhando José Cautela em duas voltas ao circuito. O cenário não podia ser mais simbólico: curvas exigentes, rectas vertiginosas e uma dose generosa de adrenalina, semelhante à que vivem nos grandes jogos com a camisola do Sporting.
"Espectacular, foi mesmo muito giro. Foi a minha primeira vez num carro de corrida. Sinceramente, quando estamos dentro do carro parece que vamos um pouco menos rápido do que quando vemos o carro passar", confessou Jeremiah St. Juste aos meios do clube, visivelmente entusiasmado após sair do carro – ele que foi o primeiro a colocar o capacete e a querer sentir as emoções como co-piloto.
"Nas curvas perguntei-lhe quando é que ele ia travar e ele disse que apenas no último momento (risos)", contou, antes de apontar algumas medidas de segurança necessárias.

"O José pediu-me para manter o corpo tenso e para fazer força no pescoço", explicou. O neerlandês, questionado sobre a velocidade, uma das suas principais características em campo, atirou, com boa disposição: "Acho que ia mais rápido dentro do carro!".
Para Zeno Debast o momento teve também um sabor especial. "O Morten (Hjulmand) disse-me para ter atenção a alguns detalhes, mas correu tudo bem e diverti-me muito", contou o belga.
"O José foi muito rápido e nem consigo imaginar como será com mais 20 carros na pista. Deve ser incrível!", acrescentou. "Quando vemos o carro a passar à nossa frente é uma loucura, é diferente de quando assistimos aos Grande Prémios na televisão", comparou.

O defesa explicou a importância de viver momentos de descontracção com os companheiros e sair um pouco da rotina de treinos. "É bom conhecermos outros desportos, experimentarmos coisas diferentes e, dentro do clube, apoiarmo-nos uns aos outros. Até para a nossa saúde mental é muito bom ter este tipo de experiência. Foi maravilhoso e agradeço a oportunidade", disse ainda.
José Cautela, por sua vez, mostrou-se muito satisfeito com o espírito dos jogadores e o cruzamento entre dois mundos pelos quais é apaixonado. "É um sonho tornado realidade. Se, quando era miúdo, me dissessem que ia andar de carro com os melhores jogadores do Sporting no Autódromo de Portimão… eu não acreditaria", partilhou o piloto, sportinguista convicto, que voltará à competição já em Novembro, no Circuito do Estoril.
"Foi muito porreiro e é giro também ver esta associação entre modalidades. Esta é uma modalidade nova no clube, ainda somos poucos no automobilismo do Sporting e é bom estar associado ao futebol, que obviamente é o desporto maior, embora sejamos uma potência desportiva enorme, a maior de Portugal e uma das maiores a nível mundial", acrescentou o piloto, visivelmente feliz.
"Foi uma risada lá dentro. Fartei-me de rir com a malta, foi mesmo super divertido. Acho que foi a vez em que mais me diverti dentro do carro. Foi um mix de emoções, mas acho que todos eles adoraram", confidenciou, garantindo ter sido "o mais calmo possível" porque o foco está já no tricampeonato.

"Sportinguistas, não magoei os nossos meninos", atirou José Cautela, divertido, antes de reforçar o entusiasmo pelo momento de partilha. "Adorei, foi uma experiência única. Com o Trincão estive o tempo todo a conversar sobre corridas. Nas travagens ele calava-se um bocadinho, eu também, mas depois nas retas perguntou-me como começou a minha carreira. Adorei estar com eles e com toda a malta do Sporting. Pedi-lhes para irem ver a minha corrida ao Estoril, no último fim-de-semana de Novembro, e estão todos convidados também".
A fechar, José Cautela deixou uma forte mensagem de apoio para 2025/2026: "Espero que isto lhes sirva de motivação, estamos todos com eles. Pedi-lhes a todos o tricampeonato, quando estávamos a chegar à box. Foram fantásticos e estou ansioso pela próxima época. Vivi muito a época passada e espero que este seja um ano feliz também".