Reveja aqui as principais incidências da partida

A missão não se adivinhava fácil. Depois de perder a Taça da Liga nos penáltis para o Benfica, o Sporting tinha a difícil tarefa de visitar o Rio Ave, uma equipa que não tinha sofrido qualquer derrota em casa durante o ano civil de 2024. Mais difícil ficou se tivermos em contas que Viktor Gyökeres, a debelar um problema físico, estava no banco.
Mas sem o viking que sabe resolver jogos, o Sporting encontrou outra maneira de arrombar a fortaleza de Vila do Conde. Rui Borges teve Harder, o sucessor natural no ataque, estreou Rui Silva na baliza, fez regressar Gonçalo Inácio ao lado esquerdo da dupla de centrais, Fresneda na lateral-direita e teve Zeno Debast no meio-campo. Uma equipa possível, podia-se dizer, mas com um plano bem delineado.

Tudo ficou mais simples quando Aderllan Santos – a celebrar os 200 jogos pelo Rio Ave – teve um corte mal calculado sobre Fresneda e enganou Miszta para deixar o Sporting a vencer aos 3 minutos de jogo.
Mais tranquilo, o Sporting foi aproveitando a qualidade a construir de Gonçalo Inácio e a profundidade dada aos laterais para conseguir sempre sair e deixar o Rio Ave intranquilo a defender. É em mais uma jogada assim que Harder aparecer na esquerda, cruza para a área e vê a bola cortada pelo braço de Petrasso. Luís Godinho não considerou infração no relvado, mas o VAR aconselhou a visualização das imagens e o penálti foi marcado. Sem Gyökeres em campo, Morten Hjulmand assumiu a marcação e fez o 2-0 aos 23 minutos.
O Sporting estava no controlo total do jogo, mas na hora de finalizar a equipa acabou por pecar. Geovany Quenda atirou uma bomba à trave, Omar Richards negou o golo a Trincão, Miszta agigantou-se perante Conrad Harder. O 3-0 não parecia chegar, numa primeira parte em que Rui Silva foi espectador.

O segundo tempo trouxe uma reação do Rio Ave, mas que foi sol de pouca dura. Os leões voltaram a assumir o controlo do jogo, Petit nunca conseguiu encontrar forma de bloquear as saídas leoninas – parou os passes dos centrais, mas depois foi Quenda a provocar o caos – e o Sporting só pode ficar a queixar-se de si próprio, de Harder, quanto a um remate avolumado.
Com 19 anos, a jogar pela primeira vez fora da Dinamarca e titular como a grande referência ofensiva, Conrad Harder acusou a inexperiência normal da idade e deixou-se domar pela frustração. Tentou em força, tentou com jeito, tentou tanto que até atrapalhou Trincão isolado. E quando não foi ele, o compatriota Hjulmand teve o terceiro nos pés com um belo remate, mas Miszta agigantou-se.
O 3-0 parecia impossível, mas eis que Gyökeres mostrou porque foi o melhor marcador do ano civil de 2024. Lançado a 10 minutos do fim, tentou uma vez e falhou, na segunda recebeu na esquerda, tirou um adversário do caminho e rematou para o fundo das redes. A calma e compostura que falhou a Harder, que só não viu o sueco bisar, porque Miszta foi gigante de novo (90+3')
Ponto final na partida. Três pontos para o Sporting que segue isolado na liderança com 44, mais três que o Benfica e quatro em relação ao FC Porto. Já o Rio Ave está no 11.º posto, com 20 minutos.
Homem do jogo Flashscore: Morten Hjulmand (Sporting)
