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Leão encontrou a chave da fortaleza de Vila do Conde: Sporting bate Rio Ave

Atualizado
Hjulmand festeja o golo
Hjulmand festeja o goloOpta by Stats Perform, Miguel Riopa/AFP
Com dois golos no primeiro tempo – um de Aderllan na própria baliza e o penálti de Hjulmand – e o tento de Gyökeres a acabar, o Sporting conseguiu fazer aquilo que ninguém tinha conseguido em 2024: vencer em casa do Rio Ave. Três pontos que permitem aos homens de Rui Borges manter a liderança isolada.

Reveja aqui as principais incidências da partida

As notas dos jogadores
As notas dos jogadoresFlashscore

A missão não se adivinhava fácil. Depois de perder a Taça da Liga nos penáltis para o Benfica, o Sporting tinha a difícil tarefa de visitar o Rio Ave, uma equipa que não tinha sofrido qualquer derrota em casa durante o ano civil de 2024. Mais difícil ficou se tivermos em contas que Viktor Gyökeres, a debelar um problema físico, estava no banco.

Mas sem o viking que sabe resolver jogos, o Sporting encontrou outra maneira de arrombar a fortaleza de Vila do Conde. Rui Borges teve Harder, o sucessor natural no ataque, estreou Rui Silva na baliza, fez regressar Gonçalo Inácio ao lado esquerdo da dupla de centrais, Fresneda na lateral-direita e teve Zeno Debast no meio-campo. Uma equipa possível, podia-se dizer, mas com um plano bem delineado.

Os passes de Gonçalo Inácio, com incidência para Fresneda
Os passes de Gonçalo Inácio, com incidência para FresnedaOpta by Stats Perform, Sporting

Tudo ficou mais simples quando Aderllan Santos – a celebrar os 200 jogos pelo Rio Ave – teve um corte mal calculado sobre Fresneda e enganou Miszta para deixar o Sporting a vencer aos 3 minutos de jogo.

Mais tranquilo, o Sporting foi aproveitando a qualidade a construir de Gonçalo Inácio e a profundidade dada aos laterais para conseguir sempre sair e deixar o Rio Ave intranquilo a defender. É em mais uma jogada assim que Harder aparecer na esquerda, cruza para a área e vê a bola cortada pelo braço de Petrasso. Luís Godinho não considerou infração no relvado, mas o VAR aconselhou a visualização das imagens e o penálti foi marcado. Sem Gyökeres em campo, Morten Hjulmand assumiu a marcação e fez o 2-0 aos 23 minutos.

O Sporting estava no controlo total do jogo, mas na hora de finalizar a equipa acabou por pecar. Geovany Quenda atirou uma bomba à trave, Omar Richards negou o golo a Trincão, Miszta agigantou-se perante Conrad Harder. O 3-0 não parecia chegar, numa primeira parte em que Rui Silva foi espectador.

Os números do primeiro tempo
Os números do primeiro tempoOpta by Stats Perform

O segundo tempo trouxe uma reação do Rio Ave, mas que foi sol de pouca dura. Os leões voltaram a assumir o controlo do jogo, Petit nunca conseguiu encontrar forma de bloquear as saídas leoninas – parou os passes dos centrais, mas depois foi Quenda a provocar o caos – e o Sporting só pode ficar a queixar-se de si próprio, de Harder, quanto a um remate avolumado.

Com 19 anos, a jogar pela primeira vez fora da Dinamarca e titular como a grande referência ofensiva, Conrad Harder acusou a inexperiência normal da idade e deixou-se domar pela frustração. Tentou em força, tentou com jeito, tentou tanto que até atrapalhou Trincão isolado. E quando não foi ele, o compatriota Hjulmand teve o terceiro nos pés com um belo remate, mas Miszta agigantou-se.

O 3-0 parecia impossível, mas eis que Gyökeres mostrou porque foi o melhor marcador do ano civil de 2024. Lançado a 10 minutos do fim, tentou uma vez e falhou, na segunda recebeu na esquerda, tirou um adversário do caminho e rematou para o fundo das redes. A calma e compostura que falhou a Harder, que só não viu o sueco bisar, porque Miszta foi gigante de novo (90+3')

Ponto final na partida. Três pontos para o Sporting que segue isolado na liderança com 44, mais três que o Benfica e quatro em relação ao FC Porto. Já o Rio Ave está no 11.º posto, com 20 minutos.

Homem do jogo Flashscore: Morten Hjulmand (Sporting)

Os números finais da partida
Os números finais da partidaOpta by Stats Perform