Leonardo Lelo é um exemplo disso mesmo. Aos 25 anos, o esquerdino deixou o Casa Pia, onde esteve quatro temporadas, e chegou ao SC Braga a custo zero. Foi, de resto, o primeiro reforço da época para os arsenalistas.
Antes de ter oficializado o novo treinador, o internacional sub-21 português já estava contratado. Tendo em conta que Carlos Vicens não tem atuado assim tantas vezes com alas ou extremos, talvez o destino de Leonardo Lelo fosse outro caso a ordem dos acontecimentos tivesse sido invertida. Para o SC Braga e para o próprio Lelo, ainda bem que não foi.
Rendimento já dá lucro
O modelo tático deste SC Braga afigura-se, para já, como o grande obstáculo para Leonardo Lelo, que começou os três primeiros jogos como suplente e só foi utilizado na 2.ª mão da 3.ª pré-eliminatória da Liga Europa, entrando no prolongamento frente ao Levski Sofia.
O esquerdino teve intervenção direta no golo que valeu o apuramento, mas voltou para o banco de suplentes, de onde não saiu diante do Cluj. Contra o Tondela, o ex-Ganso voltou a mostrar a Carlos Vicens que pode ser útil neste SC Braga.

Num jogo muitas vezes demasiado condicionado em espaços interiores, os minhotos beneficiaram do espaço encontrado por Leonardo Lelo nos flancos para confirmar o triunfo sobre o Tondela, que foi menos tranquilo do que o resultado (3-0) sugere - os beirões tiveram três ocasiões flagrantes antes do 1-0.
O esquerdino foi o dono do flanco e de longe o jogador que mais vezes procurou a dupla de avançados - fez seis cruzamentos dos nove efetuados pelo SC Braga. Além de ter sido importante na bola parada, com a assistência, de canto, para o golo inaugural de Vítor Carvalho, Leonardo Lelo abriu o caminho para a estreia de Pau Victor a marcar com a camisola do SC Braga.
O reforço mais barato do verão a oferecer o golo ao jogador mais caro da história do clube. O mercado também é feito com negócios como este.