A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) aprovou esta terça-feira o Relatório de Atividades e Contas da época 2024/25, que registou um resultado operacional positivo de cerca de 230 mil euros, correspondente a menos de 10% do exercício anterior.
O exercício de gestão foi validado por 27 sociedades desportivas reunidas na Assembleia Geral, na sede do organismo, no Porto, merecendo 25 votos favoráveis e duas abstenções (FC Porto e Académico de Viseu), sendo que Benfica, Nacional, Rio Ave, Tondela, União de Leiria e Lusitânia Lourosa não estiveram representados na reunião magna.
O documento espelha o trabalho de duas direções executivas, a primeira, entre julho de 2024 e abril de 2025, liderada por Pedro Proença, e a segunda, já com a liderança de Reinaldo Teixeira, relativa a abril e junho de 2025.
A diminuição do resultado operacional, que em 2023/24 tinha sido de 2,6 milhões de euros (ME), reflete o impacto financeiro do investimento no novo edifício-sede do organismo, a Arena Liga Portugal, incluindo os encargos com o seu financiamento e operação.
Ainda assim, as contas do último exercício incorporam uma receita extraordinária de cerca de dois ME, resultante de uma permuta de terrenos e de um contrato de apoio com a Câmara Municipal do Porto, que evitou que as contas entrassem no vermelho.
“Essa operação contabilística foi fundamental para termos resultados positivos. Sem ela, seriam negativos. É um desafio gerir uma instituição com esta dimensão. Temos de ser cuidadosos com os custos e aumentar receitas. Já reduzimos cerca de dois milhões em despesas e conseguimos perto de 1,3 ME em novos patrocínios”, disse Reinaldo Teixeira, presidente da LPFP.
Perante estes números, a Liga de clubes prevê que as contas de 2025/26 já reflitam receitas globais superiores a 31,8 ME, as maiores da história do organismo.
Se a previsão se confirmar, tal vai permitir uma distribuição recorde de dividendos às sociedades desportivas, estimada em mais de 10 ME, e um resultado operacional positivo na ordem dos 580 mil euros.
A assembleia aprovou ainda, por unanimidade, a proposta de imputação do saldo positivo da exploração comercial das competições profissionais e a afetação de verbas orçamentais não utilizadas a um fundo de apoio ao suporte tecnológico, criado em 2017, ao qual os clubes poderão candidatar-se.