Mais

Liga Portugal 2025/26: FC Porto em revolução procura quebrar jejum de três temporadas

Victor Froholt, uma das caras novas do FC Porto
Victor Froholt, uma das caras novas do FC PortoFC Porto

O FC Porto operou alterações significativas no plantel e espera que a proatividade no mercado de transferências possa assegurar novas perspetivas na luta pelo título da Liga, que escapou aos dragões nas últimas três temporadas.

Após uma temporada aquém das expectativas na estreia como presidente portista, André Villas-Boas começou por demitir o treinador argentino Martín Anselmi e eleger o italiano Francesco Farioli para a sucessão, um jovem técnico, de 36 anos, que teve um curto - mas ascendente - trajeto até orientar o Ajax na última temporada.

Em Amesterdão, o técnico havia transformado um clube em desinvestimento, que se tinha ficado pelo quinto lugar do campeonato neerlandês na época anterior à sua chegada, mas acabando por perder um título quase certo ao desperdiçar 10 pontos nas quatro jornadas finais.

Ainda assim, o Ajax encantou com um jogo de posse de bola e intensidade, numa estrutura de 4-3-3 que foi outrora uma marca de identidade do FC Porto e pretende agora resgatar.

Num momento em que perdura alguma cisão pós-eleitoral na massa adepta portista, Villas-Boas assumiu que estava na hora de dar primazia à vertente desportiva, após atenuados os problemas financeiros herdados do executivo anterior.

As transferências de Nico González e Galeno, em janeiro, a renegociação da dívida, com a maior emissão obrigacionista da história da SAD (115 ME a 25 anos), e um novo acordo com a Ithaka Infra III para a exploração comercial do estádio garantiram liquidez para um defeso ambicioso.

Na apresentação de Farioli, o líder dos azuis e brancos vaticinou que este seria feito o "maior mercado da história do FC Porto", com o jovem médio dinamarquês Victor Froholdt, vindo do FC Copenhaga, a custar 20 ME aos cofres portistas e a encabeçar uma lista de reforços de alto perfil.

Para além do centrocampista Gabri Veiga, chegado antes do Mundial de clubes, foram também contratados o lateral luso Alberto Costa, ex-Juventus, e o extremo espanhol Borja Sainz, vindo do Norwich.

O polaco Jan Bednarek e o croata Dominik Prpic, provenientes de Hajduk Split e Southampton, respetivamente, vieram renovar o eixo defensivo, enquanto o experiente avançado neerlandês Luuk de Jong, ex-PSV Eindhoven, traz uma alternativa reputada a Samu na posição 9.

Nas vendas, o FC Porto conseguiu encaixes substanciais, mas mantendo as suas principais figuras, com o delicado dossiê Francisco Conceição a resolver-se com a saída em definitivo para a Juventus por 32 ME.

João Mário também rumou à vecchia signora, em negócio relacionado com a vinda de Alberto Costa, Otávio Ataíde transferiu-se para o Paris FC e Gonçalo Borges para o Feyenoord, entre outras saídas de menor expressão.

Perante um FC Porto modificado, com treinador estreante em Portugal, qualquer prognóstico carece de uma amostra que o sustente, mas o segundo capítulo do mandato de Villas-Boas cria a expectativa entre portistas de que a crise possa ser relegada ao passado.