Recorde as incidências da partida
Vasco Seabra (treinador do Arouca):
"A primeira parte foi uma situação surpreendente para todos nós, até pela sequência que vínhamos a produzir, de já há muitos jogos para cá. Tivemos uma entrada muito pouco proativa, com uma dimensão diferente daquela que temos capacidade para dar. Ficámos tristes com isso, mas corrigimos na segunda parte.
A equipa melhorou de forma total, da primeira para a segunda parte. A verdade é que as seis oportunidades claras para marcar na segunda parte demonstram o que poderíamos ter feito durante todo o jogo. Faltou-nos finalizar o jogo para o nosso lado. Fazemos mea culpa por aquilo que não fizemos na primeira metade. Este empate serve-nos de penalização.
Mudámos as características dos jogadores com as substituições e procurámos outras coisas do jogo. Explorámos mais a profundidade. Mas, essencialmente, a nossa conversa ao intervalo esteve assente em relembrar aos jogadores o que somos e os nossos valores. Se há coisa que nós fazemos todos os dias, enquanto equipa, é competir, sermos exigentes uns com os outros.
Esta liga é muito dura e competitiva. Nós temos de lutar muito para conseguir pontos e vitórias. Estarmos numa sequência de oito jogos invictos merece crédito. Mas, ao mesmo tempo, fica esse dano de frustração nestes três jogos de termos sofrido nos minutos finais ou falhado golos. É sinal de que temos ainda um bocadinho mais para plantar, de forma a colher à frente".
Tozé Marreco (treinador do Farense):
"A primeira parte foi claramente toda nossa e o início da segunda parte também, onde poderíamos ter matado o jogo. Deveríamos ter feito mais golos, mesmo tendo feito dois fora de casa, fizemos 15, 16, 17 remates. Não o conseguimos fazer e depois, na última meia hora, o Arouca chegou-se mais à frente e, com a pouca sorte que temos tido, acabámos por empatar.
Tivemos um golo anulado, depois de um outro golo que deveria ter sido anulado e depois de uma série de situações, mas a equipa está aqui para a luta até ao final. Estamos com pouca sorte em algumas coisas, mas estamos fortes. Apesar de algumas circunstâncias nesta época, os rapazes nunca ficaram de cabeça baixa.
Há coisas que nos estão a fugir do controlo, coisas que não conseguimos controlar porque não partem de nós e não são nossa responsabilidade. Mas nada a apontar aos rapazes, que continuam a trabalhar no limite. Vamos ver o que a jornada diz. Se ganhámos um ponto ou se perdemos dois... Será conforme os outros resultados, porque isto vai ser até final e qualquer ponto pode ser decisivo.
Muita gente que está no futebol não tem noção do que representa este clube. A minha carreira como jogador não foi grande coisa, como treinador também não é ainda, mas nunca estive num clube assim. É impressionante o apoio diário que temos. Eu ando pelas ruas de Faro e sei bem do apoio que temos. Os adeptos vão ser decisivos".