Recorde as incidências da partida
Tozé Marreco (treinador do Farense):
“Criámos sempre oportunidades primeiro, mas não fomos competentes para as conseguir fazer e o adversário, em dois remates enquadrados, faz dois golos.
O resumo do jogo é muito a eficácia, como é em muitos jogos, mas não criámos em nenhum jogo desta época, se calhar, tantas situações de golo claras. Em dois erros, somos fortemente penalizados, mérito do adversário, e depois não fomos competentes para fazer golo.
É uma machadada enorme na recuperação, porque não temos margem de erro. Nas seis primeiras jornadas não pontuámos e, a partir daí, não temos margem de erro nenhuma. Falta ainda muito jogo, mas sabemos que a nossa margem de erro é muito reduzida.
As pessoas que trabalham comigo sabem as sugestões que eu fiz de reforços. É inegável que é necessário, mas o mercado está muito difícil. É muito difícil contratar e estamos de volta disso, dentro da nossa realidade, em busca de reajustes, que são necessários”.
Petit (treinador do Rio Ave):
“Foi uma vitória justa por aquilo que foram os 90 minutos. Sabíamos que seria um jogo difícil, contra um Farense que é forte em casa, com futebol direto, muitos cruzamentos, muitas chegadas e segundas bolas. Tínhamos de igualar esse desafio.
Valeu pelo compromisso, pela atitude. Não chegava só a qualidade, como tinha dito depois do último jogo frente ao Sporting, e penso que é uma vitória merecida.
Na primeira parte, o Farense teve duas situações de cruzamentos e nós, no primeiro lance que criámos, fizemos golo. Soubemos gerir bem e, depois, nos primeiros 30 minutos da segunda parte, com muita qualidade de jogo, circulação de bola, muitas aproximações e quatro situações, podíamos ter matado o jogo com o 3-0.
Depois, num lance de grande penalidade, o Farense fez o 2-1 e obrigou-nos a sofrer, a juntar as mãos, a ter alma. É o espírito da equipa e uma vitória justa para os nossos jogadores, que muito a mereceram.
A mentalidade tem de ser sempre ganhadora, seja em casa ou fora, e a identidade da equipa tem de estar sempre presente. Às vezes, oscilamos um pouco, fruto da juventude da equipa, com jogadores novos e a assimilar processos. Os jogadores estão a crescer, vão errar muitas vezes e nós estamos aqui para melhorar esses processos”.