Vasco Matos (treinador do Santa Clara):
“O segredo é o trabalho. São coisas muito simples. Às vezes, no futebol, queremos complicar e arranjar grandes teorias. Há uma ideia clara e uma identidade forte.
Sabemos o que temos de fazer. Sabemos claramente a nossa ideia de jogo, que temos de trabalhar muito, de atacar e defender todos. Sabemos como é o nosso dia-a-dia, como é que temos de nos comportar. Isso, depois, faz a diferença. Temos muito talento aqui dentro, mas o talento só por si não chega. Trabalho, organização e muita união.
Não olhamos muito para a classificação, mas sabemos que estamos no lugar que estamos. É sinal que estamos a trabalhar bem. Há claramente um caminho e vamos continuar a segui-lo de uma forma segura, sabendo que é uma caminhada longa e difícil. Vamos continuar com muita ambição, a acreditar e a exigir cada vez mais.
O jogo parece-me que foi todo controlado por nós. O resultado, na minha opinião, peca por escasso”.
Petit (treinador do Rio Ave):
“Sabíamos que íamos defrontar uma equipa com qualidade, que está a fazer um excelente campeonato, que trabalha junta há algum tempo, com processos bem definidos. Uma equipa muito agressiva e muito intensa, bem constituída fisicamente.
Nós até entrámos, nos primeiros quatro a cinco minutos, a circular bola, mas, depois, começou a faltar algum critério, perdemos lances a meio-campo.
Na primeira parte, tivemos muita falta de intensidade nos duelos. Perdemos muitos duelos. No futebol, quando perdes muitos duelos, estás mais por baixo. Foi o que aconteceu. O Santa Clara chegou ao 1-0 e nós, a acabar a primeira parte, pelo Clayton, podíamos ter feito o 1-1.
Como tenho falado, nem tudo estava bem com três vitórias. Ainda havia um longo caminho pela frente para os processos ficarem bem definidos. Esta é a quarta para a quinta semana. Podia haver aqui alguma quebra da equipa em termos daquilo que era a intensidade, a qualidade. Notou-se um bocadinho. Agora é continuar a trabalhar”.