Recorde as incidências da partida
Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga):
“Este jogo tem uma história grande porque aconteceram muitas coisas. Não fomos intensos e agressivos como devíamos e demos um passo atrás no nosso crescimento. Mesmo assim, num registo intermédio, tivemos oportunidades suficientes para vencer confortavelmente. Tínhamos o jogo completamente controlado e, já com o Bruma como avançado, o Ricardo (Horta) podia ter feito o 3-0 e sentenciado o jogo."
"Mas, o jogo é feito de pequenas coisas, de erros, e eu sou o responsável máximo da equipa, sou eu que os ponho a jogar, e tenho que assumir os erros dos meus jogadores. Também aí, demos um passo atrás ao cometer erros infantis. Oferecemos o 2-1 e a equipa intranquilizou-se e há outro erro gritante no 2-2. A equipa reagiu e ainda tem duas oportunidades para conseguir o 3-2."
"Como se controlam os erros infantis? Não é controlável, o que é que o treinador vai dizer? Isto não é treinável, são erros que nos custam caro, tal como não fazer golos nas ocasiões claríssimas que criámos. Em 21 pontos em casa, temos 10, mas fora somos a segunda melhor equipa."
"Por uma questão de formação e educação não gosto de criticar um jogador publicamente, não vou fazê-lo. Ele (Arrey-Mbi) é um miúdo, tem 21 anos, tem que melhorar estas particularidades. Não podemos desculpabilizar tudo, os erros continuarem e ficar tudo na mesma. Vamos ponderar internamente e com calma. É uma aposta do clube, jogador da seleção alemã de sub-21, tem muita competência, mas tem que evoluir nessas questões que custam pontos, ele tem que fazer uma reflexão também."
"A contestação é normal, sou de Braga, ainda por cima, é o meu clube, claro que o resultado gera uma insatisfação. Eu, se estivesse nas bancadas, também protestava."
"As três substituições aos 89 minutos? Quisemos meter jogadores frescos e houve uma reação boa. O Roberto (Fernández) entrou bem, podíamos ter feito o 3-0, fizemos o que achámos melhor para conseguirmos o 3-2."
"Saiu o ponta-de-lança e ficou o Bruma como jogador mais avançado e, olhando ao resultado, o treinador cometeu uma grande asneira, mas podíamos ter feito o 3-0, que matava o jogo e sofremos o 2-1 daquela forma. Não há uma ligação entre uma coisa e outra, são circunstâncias do jogo".
Ian Cathro (treinador do Estoril Praia):
“Não, não tem sabor a vitória (empatar depois de estar a perder por 2-0). É um momento importante no nosso crescimento e na subida de rendimento, mas mais na mentalidade. É um passo em frente, mas queríamos ganhar e não ganhámos."
"Sinto que, mais do que a importância do novo sistema, estamos a crescer e a subir de rendimento. Falo de qualidade com bola, estabilidade sem bola, de agressividade contra a bola e, mais do que tudo, em termos de mentalidade, o espírito que existe entre eles. Parabéns aos jogadores pelo trabalho que foi feito”.