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Vasco Seabra (treinador do Arouca):
"Foi uma vitória importante contra um adversário muito bom. Dou os parabéns naturalmente ao Vasco Matos, que está a fazer um trabalho fantástico e acho que isso ainda engrandece mais aquilo que nós produzimos em jogo. Uma vitória dos jogadores, da nossa estrutura, desde o presidente até todas as outras pessoas que trabalham no clube, todas elas. Chegamos cá todos os dias e sentimos uma energia muito positiva, mesmo neste ciclo menos positivo relativamente aos resultados.
Quanto à estratégia, sabíamos que o Santa Clara nos ia bater de forma pressionante se construíssemos a três, de uma forma mais direta, o que nos iria levar para duelos individuais constantes. Procurámos outras soluções para poder desmontar as linhas do Santa Clara, para criar espaços em largura e profundidade. Assim, empurrámos o Santa Clara para trás para poder recuperar bolas em zonas mais altas quando as perdêssemos.
Nós ganhámos quase sempre a primeira e a segunda bola e isso levou-nos também para essa dimensão de jogo físico mais intenso, mas, ao mesmo tempo, de qualidade e de risco. É por isso que estes jogadores mereceram tanto a vitória, porque não é fácil estar em último lugar, mas a equipa manteve sempre uma grande estabilidade. Penso que, ao intervalo, o resultado era injusto, deveríamos estar a vencer no mínimo por dois golos.
A verdade é que a equipa se manteve nos últimos 10, 15 minutos. Acabámos por vir um pouco para trás, mas não permitimos oportunidades de golo ao adversário. Viemos mais para trás do que eventualmente necessitaríamos, porque acho que poderíamos ter mantido o nosso padrão. Mas acho que é uma coisa natural, porque emocionalmente queríamos muito guardar a vitória. Felizmente conseguimos-la. Esperemos que seja um bocadinho como o ketchup, como já falei, e que, a partir daqui, as coisas possam melhorar naturalmente".
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Vasco Matos (treinador do Santa Clara):
Não fomos suficientemente competentes. Até ao golo do Arouca, foram mais forte do que nós. Não conseguimos também criar as ligações que queríamos e que temos vindo a fazer até então. Mérito do Arouca, que foi muito mais agressivo do que nós.
Mesmo nos momentos em que tivemos bola, e quando a ganhámos, aquele primeiro toque também não saiu, o primeiro passe, também não saiu, que não pudesse pôr no jogo. Nesse aspeto, o Arouca foi mais forte, mais competente. E, a partir do momento em que faz o golo, nós crescemos no jogo, com as alterações, mas já não conseguimos chegar ao empate.
Não entrámos em jogo. Eles foram muito melhores, a ganhar muito mais duelos, onde nós somos realmente uma equipa muito mais forte. Isto também nos faz crescer, obviamente que sim. Eu tenho vindo a dizer que somos uma equipa que ainda precisa de crescer muito, mas nada belisca o que tem sido o trabalho da equipa e dos meus jogadores.
Dou os parabéns ao Arouca. Quanto a nós, é continuar o nosso trabalho, continuar aquilo que tem sido o nosso caminho até então, de uma forma natural. Encarar isto e perceber onde temos de melhorar. Percebermos claramente também que, se não estivermos no nível de competitividade que nos tem guiado até então, podemos perder pontos em qualquer campo".
