Declarações após o jogo entre SC Braga e Nacional (0-1), da sétima jornada da Liga Portugal, disputado este domingo em Braga.
Recorde as incidências da partida
Carlos Vicens (treinador do SC Braga):
“Um jogo muito dececionante, não oferecemos a cara que queríamos ver desta equipa, viemos de uma partida (com o Feyenoord, na Liga Europa, vitória por 1-0) com um nível de intensidade, de exigência, de esforço e de competitividade tremendo e apelámos a isso nestes dias de preparação para o jogo de hoje. Esse é o mínimo que temos de oferecer, esse nível de exigência, de trabalho, de sacrifício e de compromisso e quando isso, por uma circunstância ou outra, não aparece, é muito difícil competir porque os rivais têm as suas armas e têm a ambição de vir aqui ganhar.
Não podemos perder todos os duelos e segundas bolas, isso é o ‘abc’, a partir daí construímos (o nosso jogo), como fizemos em Guimarães (1-1) e com o Feyenoord.
Temos de continuar a trabalhar para melhorar já a partir de amanhã, todos, incluído o treinador, para que possamos oferecer outra versão do Braga já na quinta-feira, em Glasgow (com o Celtic). E isso tem de acontecer em todos os jogos e não apenas nos jogos grandes. Já sabemos que o calendário é o que é e que o número dos jogadores que temos também, isso não vai mudar e não podemos usar nada disso como desculpa. E se temos que fazer alterações para refrescar a equipa, assim o faremos.
Há um conjunto de circunstâncias que fizeram com que hoje isso (a competitividade) não tenha estado e não nos podemos esconder. Esteve há uns dias e temos de oferecer isso em todos os jogos, é o mínimo para competir a alto nível.
É certo que levámos cinco jogos sem ganhar, mas o processo não para e há competição a cada três dias, temos de ser capazes de essa versão a que apelámos apareça sempre, não só em jogos especiais. As forças e a vontade de todos estão cá, há que continuar a trabalhar para mudar essa mentalidade”.
Tiago Margarido (treinador do Nacional):
“Tínhamos como objetivo para este jogo mantermos a nossa identidade num dos campos mais difíceis da nossa Liga, os jogadores aderiram à nossa ideia, tivemos personalidade e fizemos o nosso jogo. Atraímos o Braga à nossa primeira fase de construção para depois procurarmos o espaço e fazer ataques rápidos. O repto era sermos Nacional fora de casa e conseguimos fazer isso. Os jogadores tiveram muito mérito, trabalharam muito, foram muito solidários e o resultado ajusta-se claramente.
Efusivo? Estávamos a fazer bem as coisas, mas vivemos de pontos e estes três pontos são muito importantes para nós. Não tivemos a intranquilidade do Braga como foco na preparação do jogo, mas criámos essa intranquilidade e enervámos um pouco o Braga pelo nosso jogo”.