Recorde aqui as incidências do encontro
Vasco Seabra (treinador do Arouca):
"A equipa do Estrela da Amadora causou-nos sobretudo desafios físicos, dificilmente propôs jogo. Foi uma equipa de bola direta, sempre, esticando sempre que tinha oportunidade e viveu essencialmente de remates de fora da área. Foi uma forma de jogar talvez adaptada ao estado do terreno de jogo.
Nós fomos muito bravos, combativos, sempre com agressividade, num jogo que saía um pouco do nosso padrão pelas suas características. Tivemos seis grandes oportunidades e uma para eles. Falhámos um penálti que provavelmente mataria o jogo em 2-0. O Nico Mantl fez duas boas defesas, mas em remates exteriores, nada construído. Nunca nos conseguiram bater na pressão. Por isso, tenho orgulho dos nossos jogadores, porque defrontámos uma equipa difícil, que batalha sempre até final.
Nós confiamos mesmo muito no nosso plantel como um todo, no grupo. O Popovic tinha feito um jogo extraordinário na Luz. Tive de fazer regressar o Chico Lamba e ele só me disse que o importante era a gente ganhar. E, quando eu tive de o chamar, porque não estava previsto, entrou com uma paixão gigante.
O Dylan Nandín, o Brian Mansilla, todos os que entraram, fizeram-no muito bem. É algo que tem vindo a acontecer muitas vezes e é um sinal de alegria, da energia interna que vivemos. Quando não ganhamos, a equipa une-se, nunca nos queixamos de nada a não ser batalhar uns pelos outros. Cobramo-nos muito porque somos exigentes, mas, felizmente, temos depois estas respostas".
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José Faria (treinador do Estrela da Amadora):
"Foi um jogo difícil, incaracterístico pelas condições atmosféricas e do relvado. Acho que o resultado mais justo seria o empate. Tivemos as melhores oportunidades até ao golo do Arouca. Fica um sabor amargo. Saímos com o sentimento de que poderíamos e deveríamos ter levado pontos.
No primeiro tempo, o jogo foi muito amarrado, mas nós, de bola parada, tivemos melhores ocasiões, ainda que o João Costa tenha feito uma boa defesa a fechar. Aqui e ali, algo conflituoso, com muitas faltas e muito parado. Na segunda parte, entrámos bem superiores e sofremos o golo. Virámos as costas à bola, andámos aos trambolhões na nossa área, com um jogador no chão. Penso que foi mais demérito nosso do que propriamente mérito do Arouca.
Sabíamos que era um jogo que muito importante para as duas equipas, que significava muito para a equipa do Arouca. Acabaram por marcar e, num jogo destes, quem marca acaba por vencer.
É continuar, isto não mudou nada em relação ao que temos de fazer. Uma vitória hoje, aqui, não significaria nada, era apenas só mais um passo. Sentimos que aqui e ali não temos aquela ponta de sorte, aconteceu também na semana passada com o Farense. Não conheço outro caminho que não seja o do trabalho e resiliência, porque certamente as coisas vão mudar".