O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Reinaldo Teixeira, afirmou que mantém conversações com o Governo sobre a venda de bebidas de baixo teor alcoólico nos estádios de futebol.
O dirigente explicou que este é um tema que tem sido debatido desde assumiu a presidência do organismo e que envolve várias entidades, acreditando que haja uma sintonia sobre o assunto.
“Hoje, podem se vender bebidas de baixo teor alcoólico nos estádios, desde que esteja contemplado no regulamento de segurança e seja vistoriado pelas forças de segurança. Também há abertura do Governo para que se possa ajustar a legislação”, explicou o dirigente, no final da assembleia geral da LPFP, realizada no Porto.
A questão surgiu após uma proposta apresentada pelo Vitória SC, da Liga, nesta reunião magna, defendendo a revisão da lei em vigor desde os anos 80, que proíbe a venda destas bebidas nos recintos desportivos.
Para os minhotos, trata-se de uma legislação “anacrónica”, criada num contexto desportivo e social ultrapassado, que impede os clubes portugueses de acederem a receitas significativas nos dias de jogo, ao contrário do que acontece noutros países europeus.
O Vitória lembrou que, em ligas como a inglesa, alemã ou neerlandesa, a venda de cerveja e sidra nos estádios representa receitas que podem ascender a centenas de milhares de euros por jogo.
Em Portugal, considerou o clube, os adeptos acabam por consumir no exterior, em condições menos controladas, bebidas de maior teor alcoólico, o que “incrementa o risco de violência no espaço público”.
Nesse sentido, os vimaranenses propuseram que a Liga e os clubes subscrevam uma petição pública a apresentar à Assembleia da República, pedindo a legalização regulada da venda em todas as bancadas dos estádios.