À saída do tribunal, Luís Filipe Vieira sublinhou que não tem dúvidas de que os árbitros foram condicionados na sequência deste caso e que isso prejudicou o Benfica.
Em declarações ao Now, o antigo dirigente revelou que houve uma desconfiança interna entre os elementos do clube e acredita que "houve uma perseguição aos árbitros", numa altura em que as águias estavam "a incomodar muita gente".
"Foi o caso mais grave que sucedeu no Benfica", disse, antes de admitir que houve uma desconfiança interna em relação à identidade de quem divulgou os e-mails.
"Olhávamos uns para os outros e não tenho duvidas que isto nos afetou em termos desportivos. Basta ver a perseguição que fizeram aos árbitros", frisou, elaborando este último raciocínio. "Não há dúvidas de que os árbitros foram condicionados. Basta ver como a Federação se portou com eles. Cada árbitro ia saindo", apontou.
O caso, recorde-se, remonta a 2017, quando o Benfica foi alvo de um ataque informático, pouco antes de serem divulgadas informações confidenciais no Porto Canal, num processo em que Rui Pinto, criador do 'Football Leaks', é arguido.
Nesse âmbito, Luís Filipe Vieira referiu que "a insinuação foi prevalecendo" e falou da componente desportiva.
"O Benfica estava a incomodar muita gente. Estava a ganhar muitas vezes e repetidamente. O sucesso tinha mais a ver com a organização do Benfica e com o naipe de jogadores que tínhamos", referiu o antigo presidente do Benfica.
Por fim, recordou o um encontro entre clubes rivais. "Por que razão houve um encontro entre o Sporting e o FC Porto num hotel em Lisboa? Houve um encontro, não houve?", questionou.