Miguel Zorío, antigo vice-presidente do Valência, apresentou uma queixa ao Ministério Público de Portugal em que expôs negócios ilegais entre o clube espanhol e o Benfica, nomeadamente na venda de jogadores. Um assunto que vai ser agora investigado.
A denúncia prende-se, essencialmente com branqueamento de capitais e fuga aos impostos através do pagamento de comissões, alegadamente ilícitas. Os casos apresentados são os de Rodrigo (vendido por 30 milhões de euros, mas com um rendimento de 12,642 milhões de euros e 17,358 milhões de euros em serviços de intermediação e pagamentos a terceiros), de André Gomes (5,683 milhões de euros em serviços terceiros), Enzo Pérez e João Cancelo.
A queixa fala numa “engenharia financeira” que leva o Valência a pagar comissões determinadas pelo Benfica. Além disso, fala de indícios de evasão das obrigações fiscais do mutuante, mutuários, compradores, vendedores, intermediários, terceiros e até jogadores.
Por último, é apresentado um negócio em sentido inverso: a ida de Jonas para o Benfica, em 2014. O brasileiro rescindiu com o Valência e assinou pelo Benfica, verificou-se o pagamento de uma comissão ao agente do jogador de 1,3 milhões de euros, com os encarnados a contabilizarem o novo avançado por 20 milhões de euros.