Os 17 anos são aquela idade estranha, em que legalmente não se é adulto – não se pode votar, conduzir ou consumir bebidas alcoólicas – mas também já ninguém é visto como uma criança. É acima de tudo uma idade de sonhos, de decidir o futuro – para muitos a ida para a universidade, e o curso a escolher, ou como entrar no mercado de trabalho – e de aspirar ser alguém.
E Rodrigo Mora mostra todas as semanas que pode sonhar com o mundo. Com 17 anos, cabelo loiro, franzino e um estilo inconfundível, este internacional jovem português está a cimentar-se como uma peça-chave do FC Porto de Martín Anselmi.

No domingo foi dele o grito da reviravolta. O FC Porto viu-se a perder desde cedo com o Estoril, graças uma grande penalidade convertida por Begraoui aos 15 minutos, e isso fez soar o alarme. No campeonato os dragões ainda não tinham conseguido vencer um único jogo em que estiveram em desvantagem (quatro empates e cinco derrotas). E depois de ter visto o SC Braga vencer, era preciso algo mais para não deixar fugir o terceiro lugar e ainda sonhar com uma aproximação aos primeiros, na antecâmera do clássico com o Benfica.
E algo mais este ano significa Rodrigo Mora. Aos 64’, já com a partida empatada (com um penálti de Samu), Alan Varela recuperou a bola e encontrou o jovem médio. Mora combinou com Francisco Moura, recebeu a bola na área, tirou Pedro Álvaro do caminho com o pé direito, rematou com o pé esquerdo. Golo. Três pontos e a primeira reviravolta no campeonato, à 27.ª jornada.
Um adolescente que é decisivo num mundo de adultos. É por isso que não restam dúvidas: Rodrigo Mora vai ser grande.
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