A sorte de uns é o azar de outros e o futebol não é uma exceção a esta velha máxima. Enquanto Galeno caía, desolado, depois de falhar o penálti e a recarga, levando assim o FC Porto a empatar com o Santa Clara, Gabriel Batista sorria e era celebrado pelos colegas pelo ponto que as suas luvas conseguiram segurar no Estádio do Dragão, o primeiro da história do clube em casa dos dragões.
O guarda-redes de 26 anos é um dos mais antigos nos Açores, onde já realizou um total de 84 jogos, e o seu talento já era há muito reconhecido pelos mais atentos ao que se passa em Ponta Delgada.
Formado no Flamengo e internacional jovem pelo Brasil, o guardião chegou a fazer 27 partidas pelo Mengão antes de deixar definitivamente o Brasil para rumar ao Santa Clara, onde agarrou logo o lugar e tem vindo a fazer exibições de grande nível.

A primeira época não foi brilhante, até porque o Santa Clara desceu de divisão, mas Gabriel Batista, que já ganhou uma Libertadores e duas edições do Brasileirão, continuou nos Açores para vencer a Liga 2 e regressar consolidado ao maior palco do futebol português.
E foi precisamente quando os olhos estavam mais atentos no guarda-redes natural de São Gonçalo, Rio de Janeiro, que Gabriel Batista tratou de mostrar ao mundo todo o seu talento.

Defendeu o remate de Galeno, caiu e levantou-se para incomodar o brasileiro na recarga, isto depois de já ter sido um pesadelo para o extremo portista na primeira parte.
Depois de brilhar e de sofrer insultos racistas nas redes sociais, ainda veio apoiar o colega de profissão, também ele insultado após falhar o penálti: "Queria expressar a minha solidariedade com o Galeno e com todos outros atletas que sofrem isso. Não só aqui em Portugal, isso acontece em qualquer lugar do mundo. Essa é uma luta que temos de continuar a travar. É inadmissível", disse, em declarações à Lusa.
Uma verdadeira muralha impossível de quebrar!
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