Convido o leitor a recuar até 11 de agosto de 2024. Com um novo treinador – Ian Cathro – desconhecido para a grande parte dos adeptos e, podemos arriscar dizer, especialistas, o Estoril arrancava a edição 2024/25 da Liga com uma derrota estrondosa diante do recém-promovido Santa Clara (1-4). Foi o início de uma sequência de 10 jogos com duas vitórias e uma ainda mais surpreendente eliminação da Taça de Portugal diante do Lusitano.
Puxemos a fita à frente cinco meses, cinco meses de muitos assobios e de um ambiente hostil na Amoreira contra o timoneiro dos canarinhos. Contrariando a tendência do futebol nacional esta época, Ian Cathro manteve-se à frente do Estoril e agora podia deixar para trás um fantasma.

Arrancou a segunda volta na visita ao Santa Clara, um terreno onde só FC Porto e SC Braga tinham vencido até agora. São Miguel era, de resto, uma fortaleza e símbolo da excelente época que os açorianos de Vasco Matos estão a realizar, a lutar taco a taco com o SC Braga pela quarta posição. A isto juntava-se a memória do primeiro jogo.
O Estoril colocou-se em vantagem por 2-0, viu o Santa Clara empatar, mas não se amedrontou. Cinco minutos depois de sofrer o empate, o capitão João Carvalho surgiu ao resgaste com mais um belo remate – o primeiro golo também vale a pena ver – e selou o triunfo do Estoril. Pela primeira vez esta época somou duas vitórias consecutivas, subiu ao 10.º lugar e parece ter deixado definitivamente para trás a ideia de crise e de uma cisão entre adeptos e o treinador.
A paciência compensou.
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