Viktor Gyökeres. O nome é sobejamente conhecido em toda a Europa de futebol, em Portugal já ninguém duvida do sueco que chegou do modesto Coventry, mas o avançado de 26 anos consegue arranjar sempre uma forma de surpreender e quebrar os limites.
Essencial no título do Sporting em 2023/24, Gyökeres marcou 43 golos em 50 jogos (juntou 14 assistências). Números excelentes para o campeonato português e que começaram a despertar a atenção da Europa. Repetir os mesmos números passado um ano seria excelente, mas o que dizer quando se conseguiu superá-los?
No Estádio do Bessa, na 31.ª jornada da Liga, Viktor Gyökeres somou o terceiro poker da carreira (tinha feito diante do Azerbaijão, com a seleção da Suécia, e diante do Estrela da Amadora). Chegou aos 52 golos pelo Sporting esta época, em 48 jogos. Marcou oito nos últimos três encontros dos leões.
Impressionante, certo? Mas não fica por aqui. Contas feitas são 95 golos em 98 jogos de leão ao peito (pode igualar o feito de de Cristiano Ronaldo e Erling Haaland, de 100 golos por um clube em 105 ou menos jogos), sendo que antes de chegar a Alvalade tinha 59 em 231 partidas. Colocou a máscara e ganhou super poderes.
Com uma média de 0,97 golos por jogo em Alvalade, já ultrapassou Yazalde nesta métrica e está a apenas seis de igualar o recorde de Peyroteo numa só época (58). E apenas, porque com quatro jogos para o fazer parece mais que possível.
Com 38 golos na Liga Portugal, é o melhor marcador da prova, com 20 de diferença para Vangelis Pavlidis, segundo classificado. Sozinho, Gyökeres tem mais golos marcados do que 11 equipas do campeonato.
E agora aponta ao impossível: vencer a Bota de Ouro, a jogar em Portugal. Com o poker deste domingo, ultrapassou Mohamed Salah no topo da lista, com 57 pontos, mais um que o egípcio. O faraó de Anfield tem menos 10 golos que o sueco de Alvalade, mas como o coeficiente de dificuldade da Premier League (multiplica por 2) é mais alto que o da Liga Portugal (1,5), está taco a taco nesta altura.
Desde Mário Jardel, em 2002 pelo Sporting, que nenhum jogador a atuar em Portugal consegue esta distinção. De resto, só o avançado brasileiro (fê-lo também em 1999 pelo FC Porto), Eusébio (1968 e 1973), Yazalde (1974) e Fernando Gomes (1983 e 1985) é que o conseguiram. Uma galeria de notáveis, onde Gyökeres merece entrar. E o sueco de máscara vai fazer de tudo para alcançá-lo.
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