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Partida frente ao SC Braga: "Espero um jogo muito difícil, mas também temos a convicção que estamos num bom momento. Os quatro resultados são bom, mas não só os resultados, muita coisa que fizemos bem. Sentimos evolução em diferentes aspetos do jogo e, por isso, esperança de conseguir um bom resultado contra uma equipa que é muito boa. Jogo difícil para nós e para eles".
Qualidade do SC Braga: "A maneira como jogou contra o Sporting e o FC Porto mostra as qualidades que eles (SC Braga) têm enquanto equipa. É a equipa que tem maior percentagem de posse de bola da Liga, isso diz muito da filosofia de jogo do treinador e a maneira como a equipa joga. Eu fui ao Estoril ver o jogo, dá-me uma perspetiva diferente da análise mais lógica, que nós fazemos. Não foi propriamente o melhor jogo do SC Braga, mas foi o suficiente para sentir aquele modo de jogar - atrai o adversário, tem posse, obriga o adversário a tomar decisões. Tem individualidades muito boas. Para eles é importante, nos últimos anos, o feeling de que o Benfica, em Braga, não consegue bons resultados. Tento que nós ignoremos isso, tal como ignorámos com o Moreirense".
Motivos para o bom momento do Benfica: "Acho que quando perdemos o Lukebakio ficámos um bocadinho coxos relativamente ao perfil do jogador, demos outra dimensão à equipa. Começámos a ser mais compactos, a pressionar de maneira diferente. Partimos de uma base de jogo de grande solidez, a equipa começou a sentir-se muito confortável, a ter rotinas de pressão que fazem de nós uma das equipas que mais pressiona em campo adversário. É tentar dar continuidade".

Sidny Cabral: "Sim, o Sidny é daqueles jogadores que beneficia muito a sua equipa pelo facto de ser verdadeiramente polivalente. Mesmo conversando com ele, dá para perceber que é igual para ele jogar à direita, à esquerda, como lateral ou como ala. Isso dá uma segurança em termos de opções à imagem do que dá o Aursnes. Diria que se o Aursnes ou o Sidny um dia tiverem no banco, em vez de precisar de nove jogadores no banco, basta ter cinco. É um jogador que me obriga a procurar o melhor para ele. Está contente para jogar das quatro, mas há sempre uma onde o jogador é mais forte. Vou ter de descobrir e ajudá-lo, que o próprio não sabe muito bem. Nós somos uma equipa que joga muitos jogos durante a época e este tipo de jogador parece-me muito adaptado a este calendário".
Declarações de Varandas: "Não quero comentar palavras do presidente do Sporting e tentarei não comentar nenhumas palavras de presidentes, mas se é gasolina para nós? Não, não é. A história do Benfica mostra que às vezes chega atrasado, mas na maior parte das vezes não chega atrasado. O Lewis Hamilton chegou atrasado nas últimas duas épocas de F1, mas ganhou sete ou oito. Chegou atrasado nas últimas épocas, mas é o piloto de F1 que tem mais campeonatos. A história do Benfica mostra que às vezes chega atrasado, nas últimas duas épocas chegou atrasado, mas a história mostra qual a equipa que tem mais troféus em Portugal. Não precisamos desse tipo de incentivo, o nosso incentivo é o orgulho próprio. A matemática é que decide e vamos continuar assim em cada jogo".
Receio de perder Otamendi: "Não tenho medo absolutamente nenhum porque o Otamendi não me disse nada, não comentou nada, ninguém me disse absolutamente nada sobre a possibilidade de o Otamendi sair ou não. Não tenho motivo para estar preocupado com uma coisa que para mim é inexistente. A minha relação com o presidente é boa, o Mário Branco e o Simão estão aqui os mesmos minutos que aqui estou, tenho uma relação muito aberta com o Otamendi e não tenho motivo para estar preocupado. Estaria se alguém dissesse alguma coisa, mas até agora não aconteceu".

Mensagem para o balneário: "O sucesso das equipas também tem a ver com o sucesso ou insucesso das outras equipas. Eventualmente, a continuar a somar pontos como nas últimas semanas, se as equipas à frente tivessem perdido pontos, estaríamos mais perto, mas com essas vitórias ganhas e não te aproximas, mas desde que ganhes, não te afastas. A única coisa que depende de nós são os nossos resultados, temos de fazer o nosso trabalho. O jogo de Braga é uma final? É, mas o jogo com o Famalicão, com o Moreirense, com o Nápoles, era uma final. Com o Estoril é outra final, com o SC Braga é meia-final que será uma final, por ser a eliminar. É este o mês de janeiro que nos espera depois de dezembro já ter sido igual".
Leandro Barreiro e Tomás Araújo: "Não diria a 100 por cento, mas treinaram com a equipa e os sinais são positivos. Na semana passada, disse que o Barreiro estava bem antes do treino e depois do treino já não estava. Existe esse risco, que o treino é a seguir. Estou a contar com ele, mas não garanto que esteja para ir a jogo porque tenho receio".
Conferência tão cedo e ida mais cedo para o Norte: "Tinha preparado uma resposta meio provocadora, que era 'tinha a esperança que vocês não aparecessem', mas a realidade é que temos reunião a seguir ao treino e partimos mais cedo para o Norte do que o habitual. Para vir aqui dois ou três minutos, ou fazíamos BTV outra vez, ou fazíamos antes do treino. Perdemos dois dias com o 24 e o 25, que normalmente são de trabalho, mesmo com treino de recuperação. Perdemos por razões óbvias, para o bem emocional dos jogadores e dos funcionários. Temos de chegar mais cedo, ter uma reunião que devíamos já ter tido. No fundo é ganhar tempo. Normalmente chegamos à hora de jantar, hoje queremos chegar antes".

Reforços: "Não se trata de ter uma equipa à minha imagem, trata-se de fazer o melhor para o Benfica hoje e amanhã. Quanto melhor fizermos as coisas neste mercado, menos teremos de fazer na próxima pré-época. O Benfica teve um investimento forte no verão e a intenção é que, no próximo verão, não haja necessidade de investimento tão grande, de mudar tanto a equipa. É preciso estabilidade, ter um grupo grande de jogadores que continuam de época para época. Se fizermos só o Sidny e mais um ou dois, é menos trabalho para o verão, é mais estabilidade e equilíbrio. Hoje estou numa de porreiro e vou na direção de algumas coisas que foram ditas. Sidny Cabral influência em Banjaqui e José Neto? Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Se alguém se preocupa com eles é o Benfica. São dois jogadores que há dois meses não tinham um minuto na equipa B, o José Neto nem tinha treinado e neste momento treinam com a equipa principal. Cada minuto no banco ou que joguem com a primeira equipa é um acelerar do processo de evolução, mas também precisam de muitos minutos e só os têm na equipa B e na Youth League. Daí esta cooperação que existe com o Nélson Veríssimo. Trabalhar connosco é obrigatório, ter algum tempo de jogo connosco também, mas acumular jogos e experiências? A Liga 2 é muito forte para estes miúdos. Ao jogarem muito na equipa B com jogadores de 30 anos, boas equipas, equipas de Liga Portugal... Não há ninguém que se preocupe tanto como nós. Deixem esses garotos em paz".
Alteração de sistema: "Não tenho intenção de fazer dos três defesas, muito menos dos cinco defesas, o sistema principal do Benfica. Já fizemos com o Nápoles, nos últimos minutos. Ter a equipa preparada durante o jogo para o fazer? Ótimo. Para mim, o problema do mercado de janeiro é que, quando compras um jogador no verão tens semanas para preparar um jogador para o primeiro jogo. Em janeiro, normalmente tens um dia ou dois para preparar esse jogador para o primeiro jogo. Tem de ser um processo de adquirir o que é fundamental na nossa equipa. O Sidny joga a três. Por um lado ajuda, por outro pode preocupar, mas é um rapaz que fez formação nos Países Baixos, que normalmente são escolas importantes e acredito que seja um rapaz com cultura tática. Falei com ele cinco minutos ao telefone e deu para perceber que é um rapaz inteligente, confiante. Acredito que podemos acelerar o processo de adaptação dele".
Recuperação de Bah: "Nem sequer treinou com a primeira equipa. Desde que cheguei, não tive Bah numa única sessão. Está atrasado, sim. Há coisas que não correram bem. São lesões difíceis. O Manu já está a jogar connosco, mas é fácil perceber algum atraso em relação ao verdadeiro Manu. São lesões difíceis. Vejo o Bruma mais perto do que o Bah. Já o vejo em campo, não com a equipa, mas a trabalhar individualmente a um ritmo e intensidade engraçada. O Bah não consigo prever quando pode voltar".

