Acompanhe aqui as incidências e o relato do encontro
Antevisão: "Adeptos podem esperar um Benfica que quer ganhar, que respeita o adversário, mas o Benfica quer ganhar".
Benfica a carburar: "Agora vi um BMW que o Benfica me deu e devia estar a fazer publicidade a isso e não à Ferrari. Fazendo uma publicidade forreta, o Ferrari foi-me oferecido, nunca o compraria. Brincadeiras à parte, ganhamos três jogos, um deles contra uma equipa de divisão inferior, e fizemos um jogo bem conseguido contra o Ajax tendo em conta as nossas características e limitações. No último jogo com o Nacional, se tivesse sido outra equipa portuguesa a fazer o jogo que fizemos, a amassar como fizemos, teriam tido direito a comentários fantásticos falando de um domínio avassalador e qualidade de jogo e recorde de toques na área adversária, de remate...
Fizemos um jogo bem conseguido contra uma equipa que nos criou dificuldades ao defender tanto - e bem. Três vitórias seguidas é positivo, é bom, mas não faz nenhum de nós perder o controle ou a tranquilidade e humildade, que começa a ser característica na nossa equipa. Festejamos, sofremos e jogamos como equipa, esse é um passo importante".
Primeiro dérbi de Mourinho foi há 25 anos: "A preparação é normal, não vou dormir pior hoje do que noutra noite que anteceda um outro jogo. Não fui mais detalhista no trabalho por ser um dérbi. O que tivemos esta semana foi a possibilidade de ter mais tempo de trabalho, de resto com a maior tranquilidade. Já joguei uma infinidade de dérbis em todos os países, mas não creio que isso seja positivo ou negativo. Negativo não é porque não me retira a vontade de jogar um novo dérbi ou retira emoção necessária para estes jogos. Também não é positivo por uma questão déjá-vu por alguma coisa que aconteceu na carreira... Tudo normal".
Pontos perdidos em casa: "Temos sempre uma dívida com os adeptos, principalmente quando possa parecer que a atitude da equipa não é condizente com o amor de milhões de benfiquistas. Nesse sentido, de perder pontos e não jogarmos o que os adeptos estão à espera, não penso que seja uma questão de dívida. A responsabilidade dos jogadores é honrarem a sua profissão primeiro que tudo e depois honrar o benfiquismo. Isso significa uma atitude intocável em qualquer jogo.
Às vezes, eu como treinador e os adeptos como adeptos, podem pensar que há atitudes não foram as melhores, mas às vezes há condicionantes. O grupo é bom, de gente boa, não cria um único problema na gestão no dia-a-dia, um grupo amigo e, nesse sentido, não têm dívida nenhuma. O que podem dar, com o crescimento da equipa e individualidades, vão numa direção em que se cria empatia com os adeptos. Mas não consigo olhar num aspeto de dívida".
Preocupado com possível greve dos árbitros: "Se os árbitros fizerem greve, estou convencido que há muito árbitro na Europa que gostaria de vir apitar o campeonato português. Hoje em dia é uma coisa que acontece muito, não tanto em países europeus, mas às vezes sim. Os árbitros são profissionais e, não direi todos, mas os melhores árbitros de países europeus teriam o maior prazer de apitar em Portugal. Se acontecer alguma vez que a associação dos árbitros tenha essa decisão, não penso que seria um grande problema porque o campeonato continuaria e a Liga encontraria soluções".
Análise ao Sporting: "Não faço ideia, o Sporting vai jogar com o Rui Borges preparou a equipa durante esta semana. Pode jogar assim ou assado, também nos preparamos para isso. Para nós, o importante é como queremos jogar e a nossa identidade como equipa, mas como fazemos com todos estudamos o mais que podemos. Fica sempre aberta a porta da imprevisibilidade, mas honestamente esta semana preparamos mais sobre nós próprios do que a pensar no adversário que, como sabemos, é fortíssimo".
Novos jogadores num dérbi: "Os jogadores vão crescendo com as experiências. Quando disse que há jogadores que entram e saem do clube sem entender onde estiveram, refiro-me a um determinado perfil, porque vivem um pouco isolados dos contextos e não sentem a responsabilidade, dimensão e historial de determinado tipo de jogos. Refiro-me mais a esse perfil de jogador do que a um jogador que acabou de chegar. Há alguns que percebem imediatamente onde estão e a responsabilidade, mesmo os recém-chegados já jogaram contra o Sporting e percebem o perfil do campeonato português. Não penso que seja um problema".
Resposta tática prepara para o Sporting: "Não lhe quero responder, a pergunta é boa, mas a resposta não é boa para te dar porque seria o mesmo que te dizer 'vem ver os treinos e percebes o que fizemos'. Não gosto de dizer. Numa equipa como o Sporting não há debilidades, mas há coisas que podemos explorar no seu modelo de jogo".
Admiração de Rui Borges e conselho ao treinador: "Não tenho nada para ensinar. Agradeço as palavras do Rui, já sei que me vão adjetivar com falta de humildade, mas é normal que os treinadores desta geração tenham admiração por alguém que fez o que fez e abriu porta a que se pensasse de determinada maneira. Agradeço as palavras do Rui porque podia não ter dito e disse.
Acho que não tem nada a aprender comigo no dérbi, é um treinador com experiência, com capacidade e campeão nacional, que sabe muito bem o que quer como equipa. Tem um mérito muito grande da transformação do Sporting de Ruben Amorim para o seu Sporting, foi objetivo, corajoso, soube o que queria, passou ao lado de muitas críticas e está a fazer um trabalho extraordinário. Tenho o maior respeito por ele e por qualquer treinador em Portugal".
Richard Ríos de volta significa regresso de cinco médios: "A pergunta volta a ser boa mas eu não quero responder. Eu não vi, mas o (assessor Gonçalo Guimarães) passou-me as declarações do Rui Borges na conferência de imprensa e ele não disse se joga o Morita ou o Simões, se o Ioannidis recupera, se o Debast joga ou não. Não disse nada, a única coisa que eu posso dizer é que o Rui disse que falava com a almofada e eu não tenho conversado. Sei quem vai jogar, treinamos com quem vai jogar, os jogadores sabem, mas não vou responder à pergunta".