Recorde as incidências da partida

Setenta e quatro dias depois de o nevoeiro ter interrompido o encontro entre águias e insulares no Estádio da Madeira, o tempo deu tréguas e foi possível jogar-se, por fim, o duelo em atraso da 8.ª jornada da Liga. Muito aconteceu durante este intervalo temporal e o cenário de que o Benfica poderia roubar a liderança em caso de vitória na Madeira deixou de ser exequível por força do empate da turma de Bruno Lage na Vila das Aves, no passado fim de semana.
De resto, tudo igual. Ou quase. Tiago Margarido teve de operar uma mudança no onze em virtude da lesão de Nigel Thomas - Dudu ocupou a vaga deixada pelo avançado nascido nos Países Baixos.
Muralha em França
Diretos ao jogo. O Nacional entrou muito ativo no encontro e conseguiu equilibrar a balança nos primeiros dez minutos, até que o Benfica puxou para si a responsabilidade e o domínio da partida, com o nevoeiro a dar o ar da sua graça a espaços, mas sem nunca levar o árbitro Gustavo Correia a equacionar interromper a partida.
Nesse corrupio inicial a melhor oportunidade pertenceu aos encarnados. Aos 12 minutos, Pavlidis desviou, de cabeça, o livre batido por Di María para a primeira grande intervenção da tarde do guarda-redes Lucas França. O brasileiro, aliás, foi a grande figura da 1.ª parte.
O brasileiro voltou a brilhar na defesa da baliza dos insulares, aos 29 minutos, quando travou o remate de Aktorkoglu, na sequência de uma jogada muito bem pensada (e executada) por Di María, Kokçu e Pavlidis.
Pouco depois, aos 36', mais um grande momento para Lucas França: defesa monumental a cabeceamento à queima-roupa de Otamendi. Mas o camisola 37 não ficou por aqui.
Em cima do apito para o intervalo, o guardião do Nacional foi ao chão para dar uma palmada na bola e evitar o golo a Aktorkoglu, que levou as mãos à cabeça, não acreditando em mais uma excelente defesa do guardião contrário.

Mão de Ulisses, classe de Di María
O Benfica entrou para o segundo tempo com a mesma dinâmica. Forte na pressão, foco na baliza madeirense e domínio (quase) total. A primeira grande ameaça surgiu logo aos 50 minutos, altura em que Kokçu aproveitou o espaço e enviou uma bola ao travessão. Lucas França, em destaque no primeiro tempo, estava completamente batido.
Com dificuldade para abrir o ativo, Ulisses Wilson deu um braço amigo ao Benfica, desviando a bola à margem da lei no interior da área do Nacional, com Gustavo Correia a assinalar grande penalidade, que viria a ser convertida por Di María de forma clássica: bola para um lado, guarda-redes para o outro.
O 0-1 veio conferir justiça ao resultado e confirmar o claro domínio do Benfica no jogo, perante um Nacional sem capacidade para fazer chegar a bola à grande área das águias, nem tão pouco em colocar Trubin em sobressalto.

Sem grande surpresa, o Benfica voltou a marcar, novamente por intermédio de Di María, aos 75 minutos, e o resultado final só não foi mais volumoso graças a... Lucas França. Que grande exibição do guarda-redes do Nacional.
Melhor em campo Flashscore: Di María (SL Benfica)
