Reveja aqui as principais incidências da partida
Depois de uma derrota com o SC Braga no último jogo fora, o FC Porto tinha mais um teste duro de roer, perante um Estoril que está a crescer a olhos vistos depois de um começo desastroso de Ian Cathro. Diante do Sporting, o treinador escocês falou em big balls e diante dos dragões não mudou a forma de pensar.
Com uma linha subida e pressionante, o Estoril tentou criar dificuldades à construção do FC Porto. Contudo, o conjunto de Anselmi tinha o antídoto para escapar à pressão. Pepê só não inaugurou o marcador porque Boma fez um grande corte, e Samu colocou mesmo a bola no fundo das redes, mas partiu de posição irregular.

A ousadia foi recompensada na primeira subida à área contrária. Num lance com Begraoui, Marcano tocou a bola com o braço. Hélder Malheiro foi chamado a ver as imagens, considerou falta e apontou para a marca de penálti. Diante de Diogo Costa, o avançado canarinho não vacilou e colocou a bola no fundo das redes.
O FC Porto sentiu o golo, o Estoril cresceu e o jogo entrou numa toada morna. O domínio era azul e branco, mas Chamorro (Joel Robles está lesionado) não tinha de mostrar serviço. Foi já perto do final da primeira parte que o empate surgiu e de forma fortuita. Num canto batido por Fábio Vieira na esquerda, a bola tocou no braço de Holsgrove e Hélder Malheiro voltou a considerar penálti. Samu foi chamado a marcar e não desperdiçou a oportunidade de festejar pela primeira vez fora de portas no ano civil de 2025.
O segundo tempo começou com um Estoril novamente ousado, com dois avançados – Alejandro Marqués juntou-se a Begroui – e uma boa oportunidade logo a abrir, em que Guitane testou a atenção de Diogo Costa. Mais dificuldades para um FC Porto que parecia não encontrar soluções ofensivas apesar de estar a controlar com bola.
Foi então que surgiu o menino de 17 anos para quebrar o impasse neste jogo de castigos. Aproveitando um erro na saída de bola de João Carvalho, Rodrigo Mora combinou com Francisco Moura, tirou Pedro Álvaro do caminho com uma finta de pé direito e disparou para o fundo das redes com o pé esquerdo. Toda a qualidade espelhada de um prodígio do futebol português e para Roberto Martínez ver na bancada.
O golo abalou o Estoril. O cansaço também não ajudou e com o passar do tempo a equipa da casa foi cada vez menos capaz de importunar Diogo Costa – só teve de se aplicar num canto aos 90+2’. Graças ao menino, o FC Porto conseguiu escapar ao castigo e voltar a vencer fora de casa.
Com 56 pontos, o emblema azul e branco segue no terceiro lugar, com o SC Braga bem perto e a nove pontos do líder Sporting. Já o Estoril somou o quarto jogo consecutivo sem vencer e fica-se pelo nono lugar, com 36 pontos.
Homem do jogo Flashscore: Rodrigo Mora (FC Porto)
