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Óbito de Diogo Jota: Mário Jardel destaca o "grande jogador e ser humano"

Mário Jardel com Reinaldo Teixeira, presidente da Liga
Mário Jardel com Reinaldo Teixeira, presidente da LigaLiga Portugal
O ex-avançado do FC Porto e Sporting, Mário Jardel, assumiu esta sexta-feira sentir-se "muito triste e sentido" com a morte do futebolista internacional português Diogo Jota e do seu irmão André Silva, vítimas de acidente rodoviário na quinta-feira.

"Foram dois jogadores que deixaram o seu legado, foi uma perda muito grande. Não há palavras para descrever, sinto uma dor enorme. Diogo Jota deu grandes alegrias a Portugal, grande jogador e ser humano. Dois grandes atletas, nem imagino como estará a família", expressou, à margem da cerimónia em que foi nomeado embaixador da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), na sede do organismo, no Porto.

Para o antigo ponta de lança, este incidente deve motivar uma reflexão sobre a efemeridade da vida, que acredita dever ser vivida com foco no dia-a-dia.

"Deixo os meus sentimentos à família. Não é o momento para estar a falar muito, mas sim para refletir e perceber que a vida se tem de viver diariamente, porque ninguém sabe o que irá acontecer no dia de amanhã. Fico feliz por ter tomado posse como embaixador da Liga, mas muito triste e sentido por tudo o que aconteceu, essa grande perda para o futebol", concluiu o brasileiro, de 51 anos.

Também Antunes, antigo lateral esquerdo internacional português, que passou pelo Paços de Ferreira, clube que lançou Diogo Jota no patamar mais alto do futebol português, fez questão de recordar o legado que o avançado luso imprimiu no mundo do futebol.

"Não tive oportunidade de privar muito com o Jota, mas tínhamos um clube comum, o Paços de Ferreira. Sei que o Jota era um seguidor muito atento e, mesmo após a sua saída, apoiava o clube de forma muito afincada. Era muito humilde, chegou onde chegou pelo trabalho dentro e fora de campo. Sei que era um pai muito presente e um homem de família. Deixa uma marca enorme em todos nós que gostamos de futebol", disse.

Já o antigo dianteiro João Tomás, tal como os dois outros recém-empossados embaixadores da Liga de clubes, fez questão de deixar as suas condolências à família dos irmãos.

"É impossível colocar-me na pele da família e dos amigos. As referências que tenho é de que Jota era uma pessoa tranquila e resguardada, tal como o irmão André, de quem estive mais próximo e tive oportunidade de ver jogar cá. Tudo o que pudesse dizer seria uma nulidade para o peso que este caso tem na família deles", comentou.

Diogo Jota, de 28 anos, e o irmão André Silva, de 25, morreram na quinta-feira de madrugada, num acidente de viação na A52, em Cernadilla, Zamora, em Espanha.

O avançado internacional português jogava no Liverpool, emblema que representava há cinco épocas e pelo qual venceu uma Liga inglesa, uma Taça de Inglaterra e duas Taças da Liga, sagrando-se ainda campeão do Championship, o segundo escalão inglês, com o Wolverhampton.

Depois da formação no Gondomar e no Paços de Ferreira, o avançado representou por uma época o FC Porto, por empréstimo do Atlético de Madrid, sendo depois cedido pelos espanhóis ao Wolverhampton, no qual esteve três temporadas.

Na principal seleção portuguesa, Diogo Jota somou 49 internacionalizações e 14 golos, tendo conquistado duas edições da Liga das Nações, a mais recente no mês passado, em Munique.