Acompanhe o Famalicão no Flashscore
A época de Óscar Aranda com o Famalicão tem sido sensacional. Com o golo do passado sábado, já marcou oito no campeonato, aos quais junta ainda duas assistências. Além disso, há dois fins-de-semana, atingiu os 50 jogos pelo clube português.
Por ocasião de ter ultrapassado a marca redonda como um dos principais jogadores da sua equipa, o Flashscore conversou com o avançado andaluz para falar da sua carreira, da sua trajetória e de alguns pormenores sobre os seus dias com a camisola do Real Madrid.

"O Famalicão está com uma boa dinâmica neste 2025"
- Fez 50 jogos pelo Famalicão, que balanço faz da sua passagem por Portugal?
- O balanço é bastante positivo. Acho que cresci muito nestas duas épocas, tanto a nível futebolístico como a nível pessoal.
- Como vê a equipa na reta final da época?
- A equipa está com uma boa dinâmica neste 2025 e penso que o mais importante para todos na equipa é jogar jogo a jogo e terminar o mais alto possível na classificação.
- Como é a vida em Portugal?
- Portugal é um país onde a vida é bastante boa. É verdade que no início foi um pouco difícil para mim sair do meu país, mas agora a vida é muito mais fácil e penso que Famalicão, especialmente, é um sítio calmo e a vida é muito boa.

"Terei sempre boas recordações do Real Madrid"
- Estava no Castilla, a jogar numa das melhores equipas jovens de Espanha... Por que razão decidiu prosseguir a sua carreira noutro lado?
- Quando saí do Castilla, já estava lá há dois anos. Por isso, acho que era altura de enfrentar novos desafios na minha carreira profissional e continuar a crescer fora de lá.
- Que recordações guarda da sua passagem pelo Real Madrid?
- Terei sempre boas recordações do Real Madrid. É um clube que me deu tudo e estarei sempre grato por tudo o que me deram nos anos em que lá estive. Ajudaram-me muito no meu desenvolvimento, quer como pessoa quer como futebolista. Estarei sempre grato pelo que o Real Madrid me deu.
- Como era a vida de um jovem formado no Real Madrid?
- A nível pessoal, facilitam-nos tudo, pois ajudam-nos em quase tudo o que precisamos. Depois, é verdade que em todos os treinos e em todos os jogos, a nível futebolístico, exigem o máximo de ti, pois é assim que é estar na formação do melhor clube do mundo.
- Numa outra entrevista, um antigo jogador das camadas jovens do Real Madrid disse-nos que muitas vezes em "La Fábrica" se olha demasiado para os resultados e não se olha suficientemente para os jogadores.
- Em parte faz sentido, um pouco, essa frase, mas é verdade que é normal, porque quando se trata de treinar ou de jogar tem de se exigir 100%. Por isso, vão exigir-te sempre resultados, mas acho que é a coisa mais normal, estar nas camadas jovens do melhor clube do mundo, como já disse.
A experiência com Raúl González: "Ajudou-me muito"
- Como foi ter o Raúl como treinador e se achaste que ele era um bom treinador?
- Ter Raúl como treinador, sendo a lenda do clube que é, não havia ninguém melhor do que ele para conhecer os valores do Real Madrid. Ele incutiu-nos um pouco disso e das exigências do que era estar neste clube. Acho que ter o Raúl como treinador ajudou-me muito. Também se aprendem certas coisas que se calhar com outro treinador é mais complicado, porque, sendo uma lenda do clube, ele percebe melhor do que ninguém o grau de exigência.
- Raúl é tão rigoroso como se diz?
- Não é que seja rigoroso como tal. Acho que é disciplinado, exigente, competitivo. Como já disse, mais do que ninguém, ele entende a exigência e foi isso que tentou incutir no grupo, neste caso, em Castilla, que foi onde estive.

O penálti de Julián Álvarez e a visão sobre o presente
- O Real Madrid eliminou o Atlético na Liga dos Campeões devido a um penálti. O que achou do penálti de Julián Álvarez?
- Foi um azar para o jogador, mas se a regra diz que por dois toques na bola o penálti tem de ser anulado, penso que a decisão do árbitro foi correta.
- Nos próximos anos, espera viver grandes noites como esta na Liga dos Campeões?
- Espero que sim, mas neste momento estou concentrado aqui (em Famalicão). Não gosto de falar muito do futuro, mas sim do presente. E o que eu quero é dar o melhor pelo meu clube neste momento, que é o Famalicão.
- Está em grande forma, inclusive com um golo contra o líder Sporting, como se sente?
- Bem, estou a sentir-me muito bem, mas acho que ainda posso dar mais de mim e mostrar o meu melhor. Este é o resultado de todos estes anos de trabalho na minha carreira. Agradeço também ao treinador, aos meus colegas de equipa, à equipa técnica e ao clube, que são aqueles que apostam em mim todos os dias.
- Quais são os seus objetivos e os do Famalicão para o resto da época e para o futuro próximo?
- O objetivo é ir jogo a jogo, treino a treino, todos os dias, e dar o nosso melhor. Além disso, sermos capazes de fazer frente a todos os adversários que enfrentamos e estarmos o mais alto possível na classificação.

- Tendo em conta o teu desempenho, vês-te a jogar numa equipa maior em Portugal ou noutro campeonato num futuro próximo?
- Como já disse, não gosto de pensar muito no futuro, mas sim no presente, que é o que tenho de fazer esta época até ao fim. Depois veremos, mas neste momento estou concentrado no meu clube. Ainda faltam nove jogos e o que quero fazer é dar o meu melhor nestes nove jogos que nos restam até ao final da época.