Na sua intervenção, Pedro Proença destacou a atividade recente da associação que lidera, assim como a sua importância, nomeadamente na aprovação do modelo de distribuição das receitas das competições europeias, na discussão sobre a definição do calendário desportivo internacional, assim como no impacto do chamado caso Diarra nos regulamentos de transferências.
“Expressámos conjuntamente a nossa ambição e o nosso compromisso, mas também a nossa responsabilidade de salvaguardar a estabilidade da indústria. Neste contexto, estou particularmente orgulhoso pelo facto de os stakeholders do futebol europeu - representando Ligas, Sindicatos, Clubes e Federações - terem seguido e aprovado a nossa proposta de investir no Diálogo Social Europeu como plataforma para discutir, negociar e acordar formalmente um novo sistema de transferências. Os stakeholders do futebol europeu podem discutir e propor coletivamente soluções sobre o estatuto e a transferência de futebolistas profissionais, bem como outras questões laborais, como a saúde e a segurança no trabalho, que são de grande importância para o nosso sector e estão em conformidade com os princípios da União Europeia. Esta abordagem garante a segurança e o bem-estar dos jogadores, tanto a nível nacional como internacional. Transmitimos esta mensagem e posição conjunta à Comissão Europeia e comprometemo-nos conjuntamente com um novo e ambicioso plano de trabalho para o Diálogo Social Europeu”, explicou Pedro Proença, sugerindo que, perante a importância do Diálogo Social Europeu, este se torne um ponto regular da agenda das reuniões do Comité Executivo da UEFA a partir de 2025.
Sempre exaltando a importância do espírito de união e cooperação, Pedro Proença não deixou também de referir-se ao recente regresso da LaLiga ao seio da European Leagues.
“Uma das missões do meu mandato era criar unidade e consenso no seio da European Leagues. A LaLiga voltará formalmente à Associação na próxima Assembleia Geral, que se realizará em Frankfurt, em março de 2025”, disse.
A finalizar, Pedro Proença apontou: “Aproveito esta oportunidade para propor uma maior cooperação entre a European Leagues, a UEFA e a ECA nas questões da União Europeia, para que, em conjunto, possamos definir a política desportiva europeia. Partilhamos a responsabilidade coletiva pela proteção do modelo desportivo da União Europeia, como o Presidente Čeferin sublinhou aos Ministros do Desporto durante a recente reunião do Conselho da União Europeia. Além disso, temos de trabalhar em conjunto para instar as instituições europeias a adotar legislação comunitária vinculativa para combater a pirataria, que representa uma (se não a principal) ameaça para a sustentabilidade financeira dos nossos membros enquanto organizadores de competições de futebol profissional.”