Recorde aqui as incidências do encontro
Antes da receção ao líder Sporting no Clássico da próxima jornada, Rodrigo Mora, Pérez, Borges, Samu voltaram ao onze depois das saídas de Galeno (Al Ahli), Nico (Manchester City) e Iván Jaime (Valência) no novo esquema de três defesas lançado por Martin Anselmi. Por seu lado, Petit trocou apenas uma peça, com a entrada de Martim Neto por Aguillera.
Um novo maestro...
A alta pressão do novo sistema deu resultado logo aos 30 segundos, quando uma recuperação alta permitiu a Samu lançar Mora, que tirou um defesa da frente antes de rematar para defesa apertada de Miszta. O guarda-redes brilhou ao longo da primeira parte para travar uns dragões avassaladores sob a batuta do miúdo, travando o chapéu de Eustáquio, o remate de Borges e outro Mora.
Aos 19 minutos, o jovem médio ficou perto de um golaço, mas o remate saiu a centímetros da trave. Por seu lado, os vila-condenses ameaçaram pela primeira vez aos 22', Clayton fugiu em profundidade e obrigou Diogo Costa a mostrar serviço.
... e o(s) mesmo(s) tiro(s) no pé(s)
Tirando isso, estava a ser um jogo de sentido único... até à implosão. Aos 36', uma perda de bola de Otávio deu azo a uma discussão entre vários elementos da equipa, com o brasileiro muito chateado com Pérez.
Literalmente no lance seguinte, foi a vez de Pérez entregar a bola a Clayton em zona proibida, o avançado contornou Diogo Costa, derrubado pelo defesa argentino, e empurrou para a baliza deserta e inaugurar o marcador.
André Villas-Boas exasperava desde as bancadas. Até ao intervalo, os azuis e brancos não encontraram a boa forma com que iniciaram a partida e a segunda parte não trouxe novidades, pelo menos no que toca a caras novas, no campo disciplinar houve amarelo para Otávio, que falha a receção ao Sporting. De resto, igual ao início, Samu ameaçou, Rodrigo Mora tentou do meio da rua para uma grande defesa de Miszta...
Porém, no canto resultante, os dragões tiveram um pouco de sorte do seu lado quando o cabeceamento de Otávio bateu em Francisco Moura e Nehuén Pérez chegou primeiro para se redimir com o golo do empate (51'). Logo depois, mais amarelos para Eustáquio e Martin Anselmi, este último por reclamar uma grande penalidade por mão de Tiknaz.
O Rio Ave tentava suster a pressão com solidez e solidariedade defensiva, o maior exemplo disso foi num lance em que Petrasso, em visíveis dificuldades físicas, conseguiu travar Samu num um para um antes de ser substituído. Nessa altura, Pepê e Fábio Vieira renderam Eustáquio e Gonçalo Borges, enquanto João Novais, Nelson Abbey e André Luiz foram a jogo pelos vila-condenses.
Redenção x2
Ainda assim, Clayton ficou muito perto de bisar após mais um erro da dupla Otávio-Pérez, mas valeu aos dragões que o brasileiro escorregou quando rematou para a baliza desguarnecida de Diogo Costa. Logo a seguir, Otávio voltou a inventar, desta vez perante Olinho que não cometeu qualquer erro quando apareceu na cara do guarda-redes português e rematou com classe para o 2-1 (73').
Para um guião ainda mais caótico, só faltava que fosse o brasileiro a fazer o empate meros minutos depois. Pois bem... foi isso mesmo que aconteceu. A cerca de 30 metros da baliza, Otávio teve espaço, armou um remate forte a meia altura que desviou num defesa e traiu Miszta para restabelecer o empate e relançar a dúvida quanto ao resultado final (76').
Anselmi foi ao banco lançar todas as armas e arriscar tudo à procura da vitória, mas quem ficou mais perto do golo foi o Rio Ave, quando André Luiz fugiu à defesa contrária, mas na hora de finalizar atirou muito por cima da trave. No último minuto, Samu ficou perto de se isolar perante Miszta, até ser travado em falta por Panzo, que viu o vermelho direto e cedeu um livre à entrada da área, cobrado contra a barreira por Fábio Vieira.
Homem do jogo Flashscore: Cesary Miszta (Rio Ave).
