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Presidente da Liga revela existir "abertura" para alterar o modelo competitivo

Reinaldo Teixeira no Portugal Football Summit
Reinaldo Teixeira no Portugal Football SummitFPF

O presidente da Liga de clubes, Reinaldo Teixeira, revelou esta sexta-feira ter sentido “muita abertura” da parte das sociedades desportivas que disputam a Liga portuguesa de futebol para uma revisão do modelo competitivo da prova.

Diria que temos dois (possíveis) modelos competitivos com mais consenso e um é o que disse hoje o presidente do FC Porto, André Villas-Boas: criar mais clássicos, mais Vitórias-SC Braga, num modelo com a primeira fase do campeonato a uma volta e depois uma divisão das equipas. Outro é o que está”, disse o responsável pelo organismo que rege o futebol profissional em Portugal na sua participação no último painel do terceiro dia do evento Portugal Football Summit.

Reinaldo Teixeira reconhece que poderão existir alterações nos quadros competitivos da Liga de futebol, mas deixa para dezembro, em reunião com todas as partes interessadas, uma possível concretização dessa ideia.

Nas conversas que temos tido com as várias sociedades desportivas, e já falámos com muitas, sentimos muita abertura para isso, mas em dezembro vamos acordar isso com as sociedades”, fez saber, valorizando a importância de incentivar ao diálogo entre partes, cuja concretização considera um “desafio” possível de executar.

Temos de entender-nos. Acho que é esse o desafio que nos deve a todos, responsabilizar - como incutimos competitividade, agressividade, dentro do regulamento, para ganharmos nos 90 minutos de jogo, mas depois percebermos que o parceiro dos negócios somos todos nós. Acho que esse espírito coletivo é um grande desafio e cabe, naturalmente à Liga e ao seu presidente, também dialogando com cada um dos presidentes das várias redes desportivas”, acrescenta.

Reinaldo Teixeira chamou a si a responsabilidade de incentivar ao diálogo e promete continuar a fazê-lo, a bem da estabilidade do futebol português e de entendimentos entre todas as partes.

Acredito no bom senso para resolver os problemas, esse princípio deve acompanhar-nos na vida", afirmou o líder do organismo responsável pelas competições profissionais em Portugal sobre a discórdia entre os grandes do futebol nacional, que têm dirigido ataques entre si através dos seus presidentes

O presidente da Liga de Clubes reconhece ainda ser natural existirem posições discordantes em “competição” entre rivais e que isso até pode ser salutar, desde que todas as partes entendam a sua responsabilidade e que todos são “parceiros de negócios”.

O contraditório ajuda-nos a crescer e, por isso, quando algo acontece e não gostamos que tenha acontecido, é pensar o que podia ter feito para que não acontecesse, da minha parte; se for da outra parte, o que posso para que não volte a acontecer e o outro reconheça que fez menos bem. Isso é o desafio da vida”, numa intervenção sobre a qual manifestou sensações positivas quando a tópicos de relevo como a centralização dos direitos televisivos para a época 28/29 em Portugal.

O Portugal Football Summit, organizado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), teve início na quarta-feira e decorrerá até sábado na Cidade do Futebol, em Oeiras, com o objetivo de discutir o futuro do desporto a nível nacional e mundial.